tag:blogger.com,1999:blog-58727064919658710032024-03-16T11:21:36.349-07:00Ideias & LiderançasPolítica, economia, educação, cultura, cidadania, justiça social, liberdade de pensamento e expressão.ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.comBlogger1817125tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-24041291457355033372024-03-16T11:20:00.000-07:002024-03-16T11:20:58.679-07:00A palavra do general contra Jair Bolsonaro<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5EEKaxNYnmTUJg8a2AKEPCET2vA_W1NKZkSY6YAY_0kwCSLrTeZaZy6q67mlah_QzRV4Lvx2SjjPsOhPYpO3EaWS2UGRM1L9jcJGtU_HdakK6u1X2YRG9T2Yc4AYpL6griOohpVLoldumcF2reIYX5GX6mMGBZIMXtGo1LGic1MAMJTVIzPF4wMHF-fKy/s640/General-Marco-Ant%C3%B4nio-Freire-Gomes-960x540.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5EEKaxNYnmTUJg8a2AKEPCET2vA_W1NKZkSY6YAY_0kwCSLrTeZaZy6q67mlah_QzRV4Lvx2SjjPsOhPYpO3EaWS2UGRM1L9jcJGtU_HdakK6u1X2YRG9T2Yc4AYpL6griOohpVLoldumcF2reIYX5GX6mMGBZIMXtGo1LGic1MAMJTVIzPF4wMHF-fKy/w640-h360/General-Marco-Ant%C3%B4nio-Freire-Gomes-960x540.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 15 de março de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">A palavra do general contra Jair Bolsonaro</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Fica cada vez mais evidente, com os detalhes revelados no aprofundamento das investigações, que a tal minuta não era um documento banal entregue fortuitamente. Guilherme Macalossi para a Gazeta do Povo:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A delação premiada de Mauro Cid não é mais o único testemunho direto de um membro do círculo íntimo de poder a relatar a tramoia golpista que se desenhava no Palácio do Planalto no curso de 2022. O depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro abriu uma verdadeira caixa de Pandora, na medida em que outros que personagens relevantes citados por ele passaram a corroborá-lo, inclusive das próprias Forças Armadas. As declarações mais relevantes e graves são as do general Freire Gomes, ninguém menos do que o então comandante do Exército.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em sua coluna em O Globo, Bela Megale trás detalhes do que disse o militar para a Polícia Federal em depoimento extenso que levou cerca de 7 horas. Segundo a jornalista, Freire Gomes, que foi citado na delação de Cid, afirmou que Bolsonaro apresentou ao menos três versões diferentes de minutas com ações que poderiam levar a uma ruptura da ordem democrática. A insistência em discutir o assunto e tomar uma medida extrema, levou o general a advertir o então presidente com uma possível ordem de prisão.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na manifestação do dia 25 de fevereiro, Bolsonaro admitiu a existência da minuta. “Agora o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham santa paciência”, disse para os apoiadores. Ainda que ele tenha buscado relativizá-la como um ato legítimo da Presidência, sua a defesa foi a campo para tentar contornar o que poderia agravar sua situação na Justiça. “Declaração do presidente foi em cima da minuta que ele só teve conhecimento em outubro de 2023. Não reforça em nada a investigação, porque foi a primeira minuta que ele viu. Não tinha visto antes”, declarou seu advogado para a Folha de São Paulo. Tanto da delação de Cid quanto o depoimento do general Freire Gomes contradizem essa versão.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os defensores da tese dos “atos preparatórios” acham que tudo isso não passou de abstração. Que um presidente pode sair a reunir generais para estudar o que fazer com as instituições, confabular meios para depor integrantes de outros poderes e até prendê-los, usar ardis jurídicos de forma a legitimar sua permanência no poder ou anular na canetada o resultado da eleição.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ainda que o Estado de Defesa, a Garantia da Lei e da Ordem e o Estado de Sítio sejam institutos jurídicos, todos têm regras de aplicação. A existência deles prevista na Constituição não é salvo-conduto para o uso indevido. A minuta identificada na casa de Torres era uma excrescência legal que colocava o Poder Judiciário sob as ordens dos militares.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Fica cada vez mais evidente, com os detalhes revelados no aprofundamento das investigações, que a tal minuta não era um documento banal entregue fortuitamente e separado para o descarte, como alegou a defesa do ex-ministro da Justiça. Sua materialização foi elaborada minuciosamente, inclusive em reuniões com a presença de membros da alta cúpula das Forças Armadas. Só não foi editado por falta de apoio da Aeronáutica e, mais importante, do Exército. Mas não faltou gente a buscar, por todos os meios, uma forma de viabilizá-lo na prática. É a palavra do general.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-27004872385887508472024-03-16T06:38:00.000-07:002024-03-16T11:12:30.469-07:00Boletim do Professor Villa > Depoimento do Gal. sobre a ameaça de golpe<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/eqs_5zaKUmo?si=1hcI9i4ujfv5nIUB" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-70998332542997084672024-03-15T10:12:00.000-07:002024-03-15T10:12:12.521-07:00Karl Marx e a diferença entre socialismo e comunismo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjELR8A9RV2-if_Su6tWGoiwmFk20dEy-lm1gPzfXkGkAkaZi7dzTGw7P8sAFOG_xZR1eIlCbMITqJK6jgLfpskc2JRAQoadsg8nUfc_31oBsapu_cVLcG2jb79d2gu4EkXo7oxEUgCYUho0qQHTrh5snYwT4mlEGfPtFo3RD6GKV9itYZDKCjpxZ1JDkrb/s480/2063.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="480" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjELR8A9RV2-if_Su6tWGoiwmFk20dEy-lm1gPzfXkGkAkaZi7dzTGw7P8sAFOG_xZR1eIlCbMITqJK6jgLfpskc2JRAQoadsg8nUfc_31oBsapu_cVLcG2jb79d2gu4EkXo7oxEUgCYUho0qQHTrh5snYwT4mlEGfPtFo3RD6GKV9itYZDKCjpxZ1JDkrb/w640-h360/2063.png" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo publicado originalmente no BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 23 de junho de 2020</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Karl Marx e a diferença entre socialismo e comunismo</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A utópica teoria comunista é ainda mais bizarra que a socialista. David Gordon, em artigo publicado pelo Instituto Mises:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No dia 10 de setembro de 1990, o multimilionário escritor, economista e socialista Robert Heilbroner publicou um artigo na revista The New Yorker intitulado "Após o Comunismo". A URSS já estava em avançado processo de colapso.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Neste artigo, Heilbroner recontou a história de como Ludwig von Mises, ainda em 1920, havia provado que o socialismo não poderia funcionar como sistema econômico. Neste artigo, Heilbroner disse essas três palavras: "Mises estava certo".</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Mas aí vem a dúvida: qual a diferença entre comunismo e socialismo? Mises havia concluído que o socialismo não poderia funcionar, mas o que realmente entrou em colapso foi um sistema rotulado comunismo. Há alguma diferença?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>História</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Quando Karl Marx e Friedrich Engels começaram a escrever conjuntamente, no ano de 1843, Marx era a figura dominante. Engels era um melhor escritor, e era ele quem sustentava Marx financeiramente.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Marx passou toda a sua carreira se opondo àquilo que ele chamou de "socialismo utópico". Ele nunca interagiu com nenhum grande economista ou teórico social. Você pode procurar, mas jamais encontrará qualquer refutação sistemática feita por Marx a Adam Smith, por exemplo. Marx gastou suas energias criticando verbalmente vários autores de esquerda, cujos escritos praticamente não tiveram nenhuma influência sobre a Europa em geral.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Dado que ele estava constantemente atacando autores socialistas, Marx criou uma teoria própria sobre o comunismo. Ele chamou essa sua teoria sobre o comunismo de "socialismo científico". Marx argumentou que, inerente ao desenvolvimento da história, há uma inevitável série de etapas. Isso significa que ele era um determinista econômico. Ele acreditava que o modo de produção é fundamental em uma sociedade e que o socialismo seria historicamente inevitável porque haveria uma inevitável transformação do modo de produção da sociedade.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Todos os aspectos culturais da sociedade, sua filosofia e sua literatura formariam, segundo Marx, a superestrutura da sociedade. Já a subestrutura — ou seja, seus fundamentos — seria o modo de produção.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Segundo Marx, sua análise econômica revelava uma inevitável linearidade dos vários modos de produção. O comunismo primitivo levou ao feudalismo. O feudalismo levou ao capitalismo. O capitalismo levará a uma bem-sucedida revolução do proletariado. O proletariado irá impor o socialismo. E, do socialismo, surgirá o comunismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Esse processo linear fecha o círculo. Tudo começou com o comunismo primitivo, e tudo levará ao comunismo supremo. Com o comunismo supremo, toda a evolução histórica estará completa. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Só que Marx nunca explicou por que a evolução das etapas seria dessa maneira. Ele nunca explicou por que não haveria outra revolução após a chegada do comunismo supremo, a qual levaria a um modo de produção maior que o comunismo. Era mais conveniente apenas finalizar esse processo linear no comunismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A União Soviética jamais alegou ter chegado ao estágio comunista do modo de produção. Ela sempre se disse socialista. O nome do país era União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Os líderes supremos da União Soviética jamais alegaram que a URSS havia alcançado a etapa final do modo de produção. Stalin promoveu o conceito de socialismo em apenas um país. Ele diferia de Trotsky nesse quesito. Trotsky queria uma revolução do proletariado em nível global. Stalin era mais esperto. Ele queria o poder e, sendo assim, ele sabia que, antes de tudo, teria de consolidar o poder em um país. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Logo, Trotsky teve de fugir do país, e Stalin enviou o agente Ramón Mercader, do Comissariado do Povo para Assuntos Internos, para matá-lo na Cidade do México. O agente matou Trotsky com um golpe de picareta em seu crânio. Foi um ato cheio de simbolismo. A picareta havia sido um dos ícones da história da Rússia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O socialismo é a propriedade estatal dos meios de produção. Mas Marx profetizou que o estado desapareceria sob o comunismo. Pior: ele nunca explicou como ou por que isso iria acontecer. Sua teoria era bizarra. Ele dizia que, para abolir o estado, era necessário antes maximizá-lo. A ideia era que, quando tudo fosse do estado, não haveria mais um estado como entidade distinta da sociedade; se tudo se tornasse propriedade do estado, então não haveria mais um estado propriamente dito, pois sociedade e estado teriam virado a mesma coisa, uma só entidade — e, assim, todos estariam livres do estado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O raciocínio é totalmente sem sentido. Por essa lógica, se o estado dominar completamente tudo o que pertence aos indivíduos, dominando inclusive seu corpo e seus pensamentos, então os indivíduos estarão completamente livres, pois não mais terão qualquer noção de liberdade — afinal, é exatamente a ausência de qualquer noção de liberdade que o fará se sentir livre.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Igualmente, Marx nunca mostrou como o sistema de produção poderia ser organizado nessa etapa suprema do comunismo, na qual não haveria nem um livre mercado e nem um planejamento centralizado pelo estado. Ele nunca forneceu qualquer detalhe sobre como seria uma sociedade comunista, exceto em uma breve passagem que foi publicada em um livro escrito conjuntamente com Engels e com o homem que os havia apresentado em 1843, Moses Hess. O livro foi intitulado A Ideologia Alemã (1845). Só foi publicado em 1932. Hess jamais ganhou créditos por sua co-autoria, mas parte do manuscrito aparece em sua coletânea de escritos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Eis a descrição do comunismo:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Assim que a distribuição do trabalho passa a existir, cada homem tem um círculo de atividade determinado e exclusivo que lhe é imposto e do qual não pode sair; será caçador, pescador, pastor ou um crítico, e terá de continuar a sê-lo se não quiser perder os meios de subsistência.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na sociedade comunista, porém, onde cada indivíduo pode aperfeiçoar-se no campo que lhe aprouver, não tendo por isso uma esfera de atividade exclusiva, é a sociedade que regula a produção geral e me possibilita fazer hoje uma coisa, amanhã outra, caçar da manhã, pescar à tarde, pastorear à noite, fazer crítica depois da refeição, e tudo isto a meu bel-prazer, sem por isso me tornar exclusivamente caçador, pescador ou crítico.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Esta fixação da atividade social, esta petrificação do nosso próprio trabalho num poder objetivo que nos domina e escapa ao nosso controlo contrariando a nossa expectativa e destruindo os nossos cálculos, é um dos fatores principais no desenvolvimento histórico até aos nossos dias.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não obstante o fato de que há aproximadamente 70 volumes das obras de Marx e Engels, essa é a passagem mais longa que descreve o funcionamento de uma sociedade comunista e de como seria a vida sob esse arranjo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Conclusão</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Socialismo foi o sistema que realmente foi colocado em prática. Comunismo pleno nunca existiu e não passa de uma utopia cujo funcionamento jamais foi explicitado em trechos maiores do que um parágrafo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sem uma economia monetária — ou seja, sem uma economia em que os cálculos de lucros e prejuízos são possibilitados pelo dinheiro — é impossível haver uma ampla divisão do trabalho. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>E sem um livre mercado para todos os bens, mais especificamente para bens de capital, é impossível haver um planejamento econômico racional.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A propriedade comunal dos meios de produção (por exemplo, das fábricas) impede a existência de mercados para bens de capital (por exemplo, máquinas). Se não há propriedade privada sobre os meios de produção, não há um genuíno mercado entre eles. Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos. Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de preços. E sem esse cálculo de preços, é impossível haver qualquer racionalidade econômica — o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sem preços, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como direcionar o uso de bens da capital para atender às mais urgentes demandas dos consumidores da maneira menos dispendiosa possível. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em contraste, a propriedade privada sobre o capital em conjunto com a liberdade de trocas resulta na formação de preços (bem como salários e juros), os quais permitem que o capital seja direcionado para as aplicações mais urgentes. Ao mesmo tempo, o julgamento empreendedorial tem de lidar constantemente com as contínuas mudanças nos desejos dos consumidores. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O arranjo socialista simplesmente impede que esse mecanismo ocorra. Foi por isso que Mises argumentou, ainda em 1920, que qualquer passo rumo ao socialismo é um passo rumo à irracionalidade econômica.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>E foi a isso que Heilbroner se referiu quando ele disse que "Mises estava certo".</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>--------------------------------------</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>1 comentário:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Adilson, 24 de junho de 2020 </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O comunismo é a cenoura na frente do burro.O socialismo é o chicote no lombo do burro.O burro é o proletáriado.O chicote é...o capitalismo.Diante das impossibilidade acima do que é;só resta o fato de que em todos os paises que foi implantado essa ignomia monstruosa,todos,até o advento da china hibrida,levaram sua populacão ao nivel de consumo minimo para subsistência.Preservando mão de obra barata,qualificada,e recursos,que são explorados pelo...capitalismo,posteriormente!</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>--------------------------------------</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto, imagem e comentário reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-53185526716151816762024-03-09T03:20:00.000-08:002024-03-09T03:20:55.008-08:00CNN entrevista Ciro Gomes | 02/03/2024<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/pNu7zHQL3AQ?si=I0wS4uQpUz9K2Aap" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-80646000766296205652024-03-08T04:22:00.000-08:002024-03-08T04:22:19.928-08:00'O Golpe Tabajara', por Jorge Santana<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvnpAYb1m4-mTnwP-S9Z1_hazUQ44RRzoIXuIlNuR62fUR7XpdpuvECDf0u_m1BtcDttMKSERMGL4Np9LjMTf_kfd4RAjPQZjgOTpBoObgnCEAu2BZYebhGPZQAdBs1z39DGVjhbd-vso5N0aN90gN6kEafRwS-vO1zCbH4alVqKLSlMLc4Le_pwR_10c/s1280/bolsonaristas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="834" data-original-width="1280" height="418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinvnpAYb1m4-mTnwP-S9Z1_hazUQ44RRzoIXuIlNuR62fUR7XpdpuvECDf0u_m1BtcDttMKSERMGL4Np9LjMTf_kfd4RAjPQZjgOTpBoObgnCEAu2BZYebhGPZQAdBs1z39DGVjhbd-vso5N0aN90gN6kEafRwS-vO1zCbH4alVqKLSlMLc4Le_pwR_10c/w640-h418/bolsonaristas.jpg" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do site DESTAQUE NOTÍCIAS, de 7 de março de 2024</i></b></div></b><p></p><h4 style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><b><i>O Golpe Tabajara<br /></i></b><b><i>Jorge Santana*</i></b></span></h4><p style="text-align: justify;"><b><i>Em plena terceira década do século XXI, parecia não fazer sentido algum acreditar na viabilidade de um golpe militar no Brasil, mesmo considerando que os primeiros 75 anos da história republicana foram marcados por sucessivos golpes de estado, mais precisamente sete, todos eles com marcante participação dos militares.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Acreditava-se que um golpe violento como o de 64 não prosperaria por diversas razões, dentre as quais: o líder do movimento, Bolsonaro, contava com um “invejável” índice de reprovação popular que chegou a ultrapassar a barreira dos 60%; a grande mídia tinha se tornado, majoritariamente, antibolsonarista; e o grande capital já havia desembarcado da aventura ultraliberal errática, sobrando apenas o apoio da parte mais retrógrada e menos inteligente do empresariado, sobretudo do agronegócio.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não sendo viável esse anacrônico golpe militar, permanecia a preocupação diante dos delírios autoritários de Bolsonaro e seus devotos, alertados que éramos pelos ensinamentos de dois conceituados professores de Harvard – Steven Levitsky e Daniel Ziblatt -, em seu best-seller “Como as democracias morrem”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O mais importante alerta do livro é o seguinte: a democracia, atualmente, não termina com uma ruptura violenta nos moldes de um golpe militar. Agora, a escalada do autoritarismo se dá com o enfraquecimento lento e constante de instituições críticas, como o judiciário e a imprensa, e a erosão gradual de normas políticas de longa data, leia-se o sistema de freios e contrapesos que garante a harmonia entre os poderes.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Didaticamente, o livro apresenta os quatro principais indicadores de comportamento autoritário: rejeição das regras democráticas do jogo; negação da legitimidade dos oponentes políticos; tolerância ou encorajamento à violência; e propensão a restringir liberdades civis de oponentes, inclusive a mídia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Impressionava constatar que o bolsonarismo seguia fielmente esse script, ou seja, flertava com o golpe militar e, ao mesmo tempo, deslizava gradualmente para o autoritarismo, diga-se de passagem com a conivência de uma maioria parlamentar bem alimentada com generosos nacos de poder e com o imoral orçamento secreto.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em meados de 2022, já cientes da iminente derrota no pleito que se avizinhava, a caterva palaciana avançou no desenho do golpe, na expectativa de atacar as instituições antes das eleições, mas não reuniu força suficiente. Findo o pleito, agora derrotados nas urnas, retomaram o intento, desta feita manipulando fanáticos de mentes fracas que fecharam rodovias, acamparam em portas de quartéis, cantaram o Hino Nacional para pneus, imploraram apoio de ETs, promoveram desordem no dia da diplomação do presidente eleito e, por um triz, não explodiram o aeroporto de Brasília, naquilo que poderia vir a ser o mais grave atentado terrorista jamais ocorrido no país.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>De nada adiantou, mas eles não desistiram. Inflamados pela ordem subliminar (e pusilânime) dos mandantes, incentivados por ventríloquos que utilizavam (e seguem utilizando) as redes sociais como palco e patrocinados por empresários que optaram por delinquir, a turba protagonizou a Intentona Bolsonarista de 8 de Janeiro de 2023, um espetáculo deprimente, que serviu para reafirmar o insuperável grau de estupidez do bolsonarismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Como vimos antes, a extrema-direita do resto do mundo tem como estratégia promover a erosão da democracia não por meio de golpes militares ou revoluções abruptas, mas por um processo gradual e, algumas vezes, imperceptível, onde líderes eleitos minam deliberadamente as instituições democráticas. Os regimes autocráticos da Turquia (Recep Erdogan), Hungria (Viktor Oban) e Rússia (Vladimir Putin) são bons (ou melhor, maus) exemplos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Derrotado na busca pela reeleição, restou ao bolsonarismo a tentativa de golpe, uma verdadeira Operação Tabajara, sem chance de durar mais do que alguns dias, atestando o incomparável grau de obtusidade do líder e daqueles que abandonaram supostas reputações para servir a um projeto antinacional e antipovo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No plano externo, retaliações internacionais, políticas e econômicas, trariam prejuízos inestimáveis ao comércio exterior e, por via de consequência, ao conjunto da economia. No interno, mesmo com prisões atabalhoadas, as instituições e a imprensa não se curvariam facilmente, sobretudo porque a maioria do povo brasileiro, que acabara de optar pelo fim da tragédia bolsonarista, jamais aceitaria que fosse devolvida da lata de lixo da história.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Essa tentativa de destruir a nossa jovem democracia impõe que resgatemos lições do passado. Em grande medida, o que se viu agora não teria acontecido se no processo de redemocratização que pôs fim à abjeta Ditadura Militar não tivesse havido a inaceitável “anistia ampla, geral e irrestrita”, que serviu para encobrir e condenar ao esquecimento a perversão criminosa daquele regime.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Atentar contra a democracia é crime de lesa pátria que não pode ser atenuado, por isso as penas precisam ser severas, mais ainda para os mandantes – com destaque para o maior beneficiário -, para os propagadores e para os financiadores. Cumpre não esquecer que este é um dos muitos crimes cometidos no desgoverno bolsonarista, um deles de gravidade semelhante: a conduta delituosa que culminou com centenas de milhares de vidas perdidas para a covid-19, por ação e omissão intencionais, fartamente reveladas na CPI da Pandemia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por tudo isso, a palavra de ordem tem que ser SEM ANISTIA!</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>*Ativista pró-democracia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: destaquenoticias com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-84047621037782389632024-03-07T04:32:00.000-08:002024-03-07T04:32:23.840-08:00A montanha pariu um rato<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8TOfwaVK1FKVQWk7RkCARjoCVMQPugJpEc2dsfymwDbkTOgeH6kSMIwQSmZasWm-ngCXKQ-EL73lPpFB0zraNfxQpFR8Awns8JHbHbHAvjCWj-eZezJWp2WEIKv4vV6XsTtMDvh0KSeTENArQBQHm016JBoIEg_VSl8iiav5dIwpueZwezg2dGYpSlmu8/s657/0a6d0c61746888b2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="443" data-original-width="657" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8TOfwaVK1FKVQWk7RkCARjoCVMQPugJpEc2dsfymwDbkTOgeH6kSMIwQSmZasWm-ngCXKQ-EL73lPpFB0zraNfxQpFR8Awns8JHbHbHAvjCWj-eZezJWp2WEIKv4vV6XsTtMDvh0KSeTENArQBQHm016JBoIEg_VSl8iiav5dIwpueZwezg2dGYpSlmu8/w640-h432/0a6d0c61746888b2.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pesquisa Quest: 47% dizem que Bolsonaro participou da trama do golpe</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 1 de março de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">A montanha pariu um rato</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A expressão do título é de uma história atribuída a Esopo, que não aparece em sua obra, mas na Arte Poética de Horácio, como pequena história entre as fábulas de Fedro. Ora, se parece muito complicado para um escriba rudimentar, imagina nas cabeças ocas de Bolsonaro, Malafaia e Michelle, sem falar nos demais descerebrados do ato do dia 25 de fevereiro, domingo passado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Segundo os escritos, uma montanha estava prestes a dar à luz e gemia de uma forma fora do normal. Os barulhos geraram grandes expectativas nas cercanias, mas no final, ela acabou por dar à luz um rato.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Moral da história: essa fábula foi escrita para todos aqueles que após proferirem muitas ameaças, não fazem nada que produzam o efeito propagandeado. E foi isso o que aconteceu na tarde de domingo 25 de fevereiro na Avenida Paulista na cidade de São Paulo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em resposta, o coeso colegiado de ministros do Supremo Tribunal Federal disse solenemente: o ato da Avenida Paulista não muda em nada se Jair Bolsonaro tiver que ser preso. Eis aí o rato!</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Teve muita gente no ato? Teve sim, senhor! Segundo o Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo, que não é da esfera do Governo Federal, tinha 185 mil pessoas, o que dá para acreditar pelas diversas imagens divulgadas no decorrer do evento.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Então cabe a pergunta: quem era aquela gente? Segundo a mesma fonte de checagem, a USP, 75% eram brancos, sendo 41% homens com ensino superior e católicos, com renda muito superior à faixa específica da massa trabalhadora, 88% deles acreditam que Bolsonaro venceu a eleição de 2022 e 94% acreditam que as perseguições a Jair Bolsonaro caracterizam uma ditadura. Ufa!</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No meio da massa de manifestantes, tinham pessoas de outros Estados, tias do zap, que exibiam bandeiras com estrela de 5 pontas como se fossem de Israel e diziam defender o país porque o povo de lá é cristão e que o presidente Lula agrediu todos os judeus.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ainda, segundo o Monitor da USP, a massa da manifestação era de eleitores bastante radicalizados de Bolsonaro que defendiam que ele deveria ter dado um golpe utilizando uma GLO, que não sabiam exatamente o que significa ou invocado o artigo 142 da Constituição Federal em flagrante atestado de deficiência cognitiva.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No questionário da pesquisa feita simultaneamente, na pergunta “caso Bolsonaro não seja candidato em 2026, em quem o senhor ou a senhora votaria?” 61% disseram votar em Tarcísio de Freitas, atual governador de São Paulo; 19% em Michelle Bolsonaro e 7% em Romeu Zema, governador de Minas Gerais - todos presentes e no palanque.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Com a cena histórica de uma parte da massa cantando “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, música proibida e autor preso na ditadura militar, cujos ídolos, como o assassino e torturador Brilhante Ustra, eles exaltam até os dias de hoje.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Fazendo comparativo das imagens de domingo com as convocadas em toda a programação das grades da Globo para derrubar Dilma Rousseff da Presidência da República, a chamada massa cheirosa, não se consegue identificar pessoas negras, o que caracteriza uma manifestação de supremacia branca.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em vez de passos à frente dos radicais de direta, o que se viu em seguida foram recuos e fake news. Em verdade, a saída pelo recuo pode estar ligada ao telefonema de Fabrício Queiroz para Santini, ex-sócio de Flavio Bolsonaro nas lojas de chocolate, com ameaças veladas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ainda não dá para cantar vitória antecipada, como alertou o ministro Alexandre de Moraes, mas a pesquisa Quest soltada dois dias depois sinaliza a provável morte do rato.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O declínio já é visível nos números: 47% dizem que Bolsonaro participou da trama do golpe; 50% dizem que é justo que ele seja preso; 39% dizem que não é justo que ele seja preso, sinalizando que a boca do jacaré está abrindo!</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>------------------------------------</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Articulista Rômulo Rodrigues é ex-operário e sindicalista aposentado. </i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site: www jlpolitica com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-14739623093897138212024-03-06T04:26:00.000-08:002024-03-06T04:26:08.710-08:00Juiz sem juízo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-tPNH4MzR-74LWTeABBXEewaBAfoW9XhMepHxLwxnusrUHgjBkC4EKlFOeLSQc74lXcFC3lo7EUENsqD9Jrodz8Os7hJwT3srFX0YYF48o2DcZ4qLhH6CcFY8ySkfOqZXYuFP8oKlrPb-lM9ZUcRfM70zJOeQAS9RMSmSwzo-m4CZnddRRweszYl5Xctp/s271/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="271" data-original-width="186" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-tPNH4MzR-74LWTeABBXEewaBAfoW9XhMepHxLwxnusrUHgjBkC4EKlFOeLSQc74lXcFC3lo7EUENsqD9Jrodz8Os7hJwT3srFX0YYF48o2DcZ4qLhH6CcFY8ySkfOqZXYuFP8oKlrPb-lM9ZUcRfM70zJOeQAS9RMSmSwzo-m4CZnddRRweszYl5Xctp/w439-h640/download.jpg" width="439" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo copartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 4 de março de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: #2b00fe;">Juiz sem juízo</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Ao fazer comentários sobre a ‘confissão de culpa’ de Bolsonaro, Gilmar antecipa eventual voto sobre o ex-presidente e mostra como estão arraigados alguns maus hábitos de ministros do STF. Editorial do Estadão:</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes foi duro e claro ao comentar o discurso que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez durante a manifestação de 25 de fevereiro na Avenida Paulista. Em entrevista ao Estadão, Gilmar Mendes disse que as declarações de Bolsonaro parecem uma confissão de culpa em relação à chamada “minuta do golpe”, e foi além: acha que o ex-presidente saiu de uma situação de “possível autor intelectual para pretenso autor material” da tentativa de golpe de Estado; que há elementos “severos que indicam intuitos golpistas”; que “não faz o menor sentido” a ideia de anistia a ser concedida às pessoas envolvidas no ato de 8 de janeiro de 2023; e que o “movimento” de Bolsonaro “para mostrar que tem apoio popular” não muda “qualquer juízo ou entendimento do STF”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A verborragia de Gilmar Mendes não seria um problema se ele fosse não o magistrado da mais alta Corte do País, e sim um analista político. A ele, ao lado de seus dez colegas de Supremo, caberá julgar em breve os atos, fatos, materiais e personagens que foram objeto da análise da entrevista. Sob qualquer ótica, portanto, é disfuncional um ministro do STF antecipar juízo fora dos autos e comentar em público sobre um tema em análise, presente ou futura, da Corte. Uma contradição com o que diz a Constituição, a Lei Orgânica da Magistratura e a sensatez. Ademais, é uma dádiva para os radicais bolsonaristas justamente no momento em que estes se empenham em questionar a lisura do Supremo e a suposta militância política de alguns ministros contra Bolsonaro.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Mendes não está sozinho. Com as raríssimas exceções de praxe, há doses rotineiras de intervenção pública – e política – por parte dele e de seus colegas do STF. A discrição judicial parece ter virado exceção no Brasil. Essa opção pelo comportamento apropriado (aquilo que a literatura jurídica internacional chama de judicial propriety) foi trocada pela vulgarização do papel público.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Credita-se essa desenvoltura ao contexto da democracia brasileira nos últimos anos e ao vácuo deixado pelos outros Poderes. Convém acrescentar outros dois fatores: o individualismo onde deveria prevalecer a institucionalidade da Corte e, sim, a vaidade. Somadas, essas razões explicam a normalidade com que ministros emitem pareceres a jornalistas, passeiam e palestram por eventos patrocinados pelo setor privado, concedem entrevistas recomendando e cobrando decisões do Executivo e do Congresso e cumprem, sem modéstia, expectativas messiânicas como protagonistas de uma democracia em desencanto.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>É preciso reconhecer que o STF realizou um notável trabalho em defesa da democracia brasileira. Ajudou a rever os excessos processuais e políticos cometidos pelos artífices da Lava Jato, contribuiu para o avanço de direitos de minorias e serviu como o principal dique de contenção dos radicalismos e das pretensões golpistas de Jair Bolsonaro. Tais feitos, porém, não lhe concedem um salvo-conduto para o tipo de protagonismo que muitos dos seus ministros advogam ou os devaneios imperiais praticados por alguns deles. Além das tentações midiáticas, o desarranjo procedimental do STF inclui ainda a oscilação da jurisprudência, ou seja, a variação das decisões conforme o caso concreto, o excesso de decisões monocráticas (algumas delas sem observar a orientação firmada pelo plenário) e a politização indevida, levada ao paroxismo agora com a nomeação de Flávio Dino, aquele que, na definição do presidente Lula da Silva, será ali o ministro com “cabeça política”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não faz muito tempo, o ministro Luís Roberto Barroso – ele também presença constante na ribalta política – afirmou que todas as instituições democráticas estão sujeitas à crítica pública e devem ter a humildade de levá-la em conta, repensando-se onde for possível. Barroso sabe da lição de Confúcio, o pensador chinês, quando um governador lhe perguntou como servir ao príncipe: “Diga-lhe a verdade, mesmo que o ofenda”. Não há ofensa, contudo, ao lembrar-lhes: é hora de preservar a instituição. Retomar a discrição judicial e a compostura fora dos autos, priorizar a colegialidade, atuar com menos teatralidade, dar mais atenção aos rituais da imparcialidade – tudo isso ajudará a aplacar a desconfiança crescente sobre um tribunal já demasiadamente politizado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-72012056559971801182024-03-05T05:21:00.000-08:002024-03-05T05:21:37.779-08:00O 'bem' contra o 'mal': o apocalipse segundo Michelle<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXFxMkx5g3d6U78Y4s6Aon22LddIGvhJ3HXjIAQ4LavqWnSAlUNDmH3kdnJ3VpEic_Kn9-jN-OZO9BZlyCPTiCt-0adTomgldYoapef8JWkLkWGG6aQUaVJJ2k4s0McDPTd3bzJOT7J2Zxb8lL9wonuZHDfdLJNL8tT8AdSdVqZP1xxsMJQQrbfIaMttzT/s640/michelle-bolsonaro-youtube_1_fixed_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="640" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXFxMkx5g3d6U78Y4s6Aon22LddIGvhJ3HXjIAQ4LavqWnSAlUNDmH3kdnJ3VpEic_Kn9-jN-OZO9BZlyCPTiCt-0adTomgldYoapef8JWkLkWGG6aQUaVJJ2k4s0McDPTd3bzJOT7J2Zxb8lL9wonuZHDfdLJNL8tT8AdSdVqZP1xxsMJQQrbfIaMttzT/w640-h400/michelle-bolsonaro-youtube_1_fixed_large.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 3 de março de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">O 'bem' contra o 'mal': o apocalipse segundo Michelle.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ao tratar a política como guerra santa entre o ‘bem’ e o ‘mal’, como fez na Paulista, a ex-primeira-dama deixa claro que espera dos fiéis da seita bolsonarista fé absoluta em seu marido. Editorial do Estadão:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No discurso de abertura da manifestação bolsonarista de domingo passado, Michelle Bolsonaro tratou como um triunfo do “mal” o fato de haver no Brasil a devida separação entre política e religião. “Por um tempo, fomos negligentes ao ponto de dizer que não poderiam misturar política com religião”, disse a ex-primeira-dama. “E o mal tomou, e o mal ocupou o espaço. Chegou o momento, agora, da libertação. ‘Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará’”, concluiu Michelle, reproduzindo o versículo da Bíblia que serviu como mote da campanha de seu marido à reeleição.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ao questionar a laicidade do Estado, a ex-primeira-dama explicitamente atenta contra essa conquista civilizatória da sociedade brasileira, que remonta ao fim do século 19, e é uma das cláusulas pétreas da Constituição de 1988. Nada disso causa surpresa nem é novidade, dada a sistemática campanha do bolsonarismo para transformar os anseios cristãos, particularmente evangélicos, em arma política. Mas o apelo escatológico de Michelle Bolsonaro neste momento sugere que o bolsonarismo pretende caracterizar as agruras do ex-presidente Jair Bolsonaro na Justiça como parte da luta do bem – Bolsonaro, é claro – contra o mal, isto é, o Supremo Tribunal Federal e, particularmente, o ministro Alexandre de Moraes.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ao trazer explicitamente a questão política e jurídica para o terreno do fundamentalismo religioso, o bolsonarismo não admite heresias: para ter a bênção de Bolsonaro, é preciso demonstrar fé inabalável em sua doutrina e em seu evangelho. Quando diz e repete que ganhou a eleição de 2022, Bolsonaro não precisa apresentar provas: por sair da boca de um sujeito que se julga escolhido por Deus, sua palavra basta.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Aprouve ao Senhor nos colocar à frente desta nação. Aprouve a Deus nos colocar na Presidência da República”, disse Michelle na manifestação. Portanto, conforme essa exegese, se Deus pôs, só Deus poderia tirar. Não à toa, uma pesquisa da USP com participantes da manifestação bolsonarista mostrou que, para nada menos que 88% dos entrevistados, Jair Bolsonaro venceu a eleição de 2022 e só não foi empossado porque uma fraude o impediu. Sem qualquer respaldo em fatos concretos, tal conclusão só pode ser resultado de fé absoluta, a mesma que move os 94% dos presentes que, conforme a mesma pesquisa, disseram acreditar que o Brasil vive sob uma “ditadura” em razão do que qualificam como “excessos e perseguições” da Justiça. O fato de que participavam de uma manifestação política de oposição ao atual governo sem serem incomodados pelas forças do Estado, algo que por si só desmente a conclusão de que vivemos sob uma “ditadura”, não parece ter sido suficiente para importar alguma dúvida – prevaleceu a certeza mística produzida pelo bolsonarismo radical.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Diante disso, a aposta de Michelle numa abordagem sobrenatural e escatológica, numa ideia de que estamos testemunhando a luta final do “bem” contra o “mal”, como se a política fosse uma guerra santa de aniquilação, revela-se muito eficaz, sobretudo diante do iminente encontro de Bolsonaro com seu inexorável destino jurídico-penal. Nada, pois, é fortuito.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O fanatismo religioso é, por óbvio, a negação da política. Para os fanáticos, não há adversários políticos a contestar, e sim inimigos demoníacos a eliminar. Não existem dúvidas, apenas certezas, estabelecidas por Deus por intermédio de seus profetas iluminados. O apelo ao mistério é a repulsa aos fatos, sobre os quais é preciso haver consenso mínimo para estabelecer qualquer forma de diálogo. A prevalecer o místico – instrumentalizado por lideranças políticas ou partidos de quaisquer inclinações ideológicas –, tem-se o fim da concertação civilizada entre os interesses em disputa numa sociedade plural e democrática. Certamente é isso o que pretendem os fanáticos bolsonaristas, e é contra isso que devem lutar os que prezam a democracia e a liberdade.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-71652619964012031772024-03-04T05:09:00.000-08:002024-03-04T05:09:38.842-08:00‘Diário’ de Heleno previa prender delegados da PF após golpe de Estado<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRtn4SGK7P6znbdgVY83_NCS9bTc4PwJFRqAt6j6-U3n5qeTgeNhv26cEHWTW4LUzMqlrVhg2RPxITOtL6XewSMmW7QaHSjz2cC4GdOiQ6ovVL7lkf2TijF1NwTtxml7oee5D8KSYw3E0SOAsEX5ibwSmXCHR3w9B7wmsdZ3BueARYeW1GPoBgKlJ1SWl5/s1080/2019_05_14t214820z_1_lynxnpef4d1lm_rtroptp_4_venezuela_politics_brazil-371435.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1080" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRtn4SGK7P6znbdgVY83_NCS9bTc4PwJFRqAt6j6-U3n5qeTgeNhv26cEHWTW4LUzMqlrVhg2RPxITOtL6XewSMmW7QaHSjz2cC4GdOiQ6ovVL7lkf2TijF1NwTtxml7oee5D8KSYw3E0SOAsEX5ibwSmXCHR3w9B7wmsdZ3BueARYeW1GPoBgKlJ1SWl5/w640-h426/2019_05_14t214820z_1_lynxnpef4d1lm_rtroptp_4_venezuela_politics_brazil-371435.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Legenda da foto: General Augusto Heleno - (Crédito da foto: Reuters/Adriano Machado)</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhada do site JORNAL DO BRASIL, de 3 de março de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">‘Diário’ de Heleno previa prender delegados da PF após golpe de Estado</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Agenda repleta de anotações do general revela cariz autoritário do ex-ministro do GSI. Ele queria definir o que é 'legal' e 'ilegal' para prender adversários</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Redação JORNAL DO BRASIL com Revista Fórum (redacao@jb.com.br)</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Henrique Rodrigues - Um diário apreendido na casa do general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro (PL), durante a Operação Tempus Veritatis, no início de fevereiro, trazia um roteiro detalhado dos procedimentos autoritários que deveriam ser tomados após um golpe de Estado que era planejado pelos integrantes da antiga administração federal derrotada nas urnas por Lula (PT) e, entre os itens anotados, estava a prisão de delegados da PF que “cumprissem ordens manifestamente ilegais”. A informação é da revista Veja, que teve acesso às cópias das páginas da agenda apreendida.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O problema é que, na visão autoritária de Heleno, era ele quem definiria o que era “legal” ou “ilegal”. Na verdade, pelas anotações, a ideia era dar essa incumbência à Advocacia-Geral da União (AGU), um órgão que por lei é o responsável pela representação, fiscalização e controle jurídicos da União, assim como pelo zelo do patrimônio público e a defesa de integrantes do governo federal em caso de acusações no âmbito de suas funções, algo sem qualquer relação com a atividade de controlar a legalidade ou ilegalidade de decisões tomadas pelo poder Judiciário. Tal ideia é absolutamente descabida e sem sentido.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“O AGU faz um texto fundamentado na Const. Federal afirmando sobre ordem ilegal. Existe um princípio de Direito que ordem manifestamente ilegal não se cumpre... Aprovando o parecer do AGU, para toda ordem manifestamente ilegal não é para ser cumprida porque seria Crime de Responsabilidade”, diz o trecho escrito à mão por Heleno na agenda, que era direcionado aos delegados de Polícia Federal que cumprem ordens de prisão, ou ainda de busca e apreensão, determinadas por juízes ou ministros de tribunais superiores, incluindo o STF.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Heleno mantinha em seu poder, também, dois documentos com nomes muito sugestivos relacionados à trama golpista que não se concretizou. “Chegou a hora de salvar o Brasil” e “General Heleno” era os textos que apontavam uma imaginária fraude nas eleições de 2022 que seriam a desculpa para uma ruptura institucional. O oficial-general guardava também supostos relatórios de irregularidades nas urnas usadas no último pleito presidencial, que recebiam os nomes de “Relatório de Análise Urna Eletrônica (2016)”, “Relatório de Análise dos Código-fonte dos sistemas eleitorais (2018)”, “Relatório dos testes de confirmação TPS (2019)” e “Relatório de Inspecção de Códigos-fontes do Sistema Brasileiro de Votação Eletrônica edição 2020”, o que era referido pelo general como um “Dossiê ‘O mecanismo das fraudes’”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do site jb com br</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-70175858110896878472024-03-04T02:47:00.000-08:002024-03-04T02:47:57.444-08:00Michelle Bolsonaro é um perigo? | Ponto de Partida<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/n0BqvYtfqng?si=vumVEVy4VJo5_YRK" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-22641925135854469802024-03-01T09:45:00.000-08:002024-03-01T09:45:58.499-08:00'Seria a destruição da civilização’: é para valer a nova ameaça de Putin?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgZNk0m7PjA4W1fBxu1oq0XTbm-4wEb8sYI_-_irMbvtw4ntsu4DLkV9zHRWlkodvwj99LI1r1On9Zt5lmPiAe5ImX7lagiTc2wCD6BYLNd5cyt6bA9x_59fhEJe1Kn8d7w-4THEOnUKsgubKX7zwd1aOrpLlyLI0-7Na0colNE0mlrrvlIqseNRtFQxT/s900/vladimir-putin.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="900" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNgZNk0m7PjA4W1fBxu1oq0XTbm-4wEb8sYI_-_irMbvtw4ntsu4DLkV9zHRWlkodvwj99LI1r1On9Zt5lmPiAe5ImX7lagiTc2wCD6BYLNd5cyt6bA9x_59fhEJe1Kn8d7w-4THEOnUKsgubKX7zwd1aOrpLlyLI0-7Na0colNE0mlrrvlIqseNRtFQxT/w640-h426/vladimir-putin.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 1 de março de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">'Seria a destruição da civilização’: é para valer a nova ameaça de Putin?</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A retórica apocalíptica da guerra nuclear já está incorporada ao discurso russo, uma tática usada para intimidar a opinião pública ocidental. Vilma Gryzinski:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Antes mesmo que descobríssemos onde fica no mapa a Transnítria, potencial nova frente de intervenção russa, Vladimir Putin já estava fazendo novas ameaças de guerra nuclear.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>É possível que ele nunca tenha sido tão explícito quanto ao dizer: “Tudo o que o Ocidente faz cria a ameaça real de um conflito com o uso de armas nucleares e, portanto, da destruição da civilização”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Normalmente, Putin deixa esse tipo de ameaça a um subordinado como o ex-presidente Dimitri Medvedev ou ao ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, aquele que já disse que Hitler “tinha sangue judeu”, uma barbaridade dentre tantas outras.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Putin e companhia sabem que a opinião pública dos países ocidentais fica fortemente impactada quando se fala em guerra nuclear, uma perspectiva apocalíptica que ronda a humanidade há quase oitenta anos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>ERRO DIPLOMÁTICO</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Faz parte da propaganda russa usar esse tipo de tática para influenciar, acima de tudo, o debate nos Estados Unidos, onde tem tido um sucesso considerável.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Por isso, seria bom não alimentar a máquina russa como fez o presidente Emmanuel Macron ao dizer que nenhuma hipótese poderia ser excluída para impedir uma vitória putinista na Ucrânia, inclusive o envio de tropas. Foi um desatino diplomático do presidente francês que obrigou todos os aliados, da Polônia aos Estados Unidos, a dizer que a hipótese é fora de cogitação.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Muitas das pessoas que hoje dizem ‘nunca’ são as mesmas que, há dois anos, diziam ‘tanques nunca, aviões nunca, mísseis de longo alcance nunca'”, argumentou Macron.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Apesar do erro diplomático e político, Macron tem razão. Os mísseis fornecidos pelos aliados ocidentais estão causando um estrago impressionante. O Ministério da Defesa disse que ataques ucranianos derrubaram nada menos do que dez aviões russos na mesma quantidade de dias, sendo dois caças Su-34 na terça-feira passada. A maior perda foi de um avião tipo Awacs, que funciona como um centro de vigilância e comando aéreo. A Rússia ficou com só seis aviões do tipo. O Awacs russo foi derrubado com um míssil antigo, um S-200 da era soviética.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ao contrário da frente em terra, onde os russos viraram o jogo contra a Ucrânia, o teatro naval também tem sido um desastre. A Rússia perdeu onze embarcações no Mar Negro, sendo obrigada a deslocar sua frota para portos mais protegidos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>XADREZ GEOESTRATÉGICO</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>São perdas graves, mas estão longe de definirem a guerra. Putin está se sentindo tão seguro que fez mais um movimento no grande tabuleiro geoestratégico de xadrez: acionou os separatistas russos da Transnítria, um território que pertence à Moldova e fica na fronteira com a Ucrânia, para pedir a “proteção” de Moscou.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A questão da pouco conhecida Transnítria remete aos grandes deslocamentos populacionais ocorridos durante o estalinismo e a II Guerra Mundial. O território de quase 500 mil habitantes tem uma população etnicamente russa de 30% e se declarou independente em 1990, nos estertores da União Soviética. Manteve, curiosamente, a bandeira com a foice e o martelo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ninguém reconhece a independência da Transnítria (o nome se refere ao rio Dniepber, também chamado de Nipro), mas o território secessionista é um instrumento considerável para Moscou, da mesma forma que as regiões separatistas da Ucrânia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Putin e asseclas sabem muito bem que regiões complicadas e desconhecidas jogam a favor da Rússia. Por que arriscar uma guerra mundial pela Ucrânia é uma pergunta que a máquina russa conseguiu plantar nas redes. E pela Transnítria, então?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Acrescentar uma ameaça explícita de guerra nuclear aumenta a pressão. Putin sabe muito bem disso.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-8409674432993136192024-03-01T09:24:00.000-08:002024-03-01T09:24:48.115-08:00Por que não sou comunista<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCiKt1X5l735Xnfe-Z_fY6FflX3PT_DOeZWOeHp2yCYi0wuW86T9CUh6lF48pQJByt5H2Vxa9hRutIGC1c6xxpIyLc9wVmqZTOKAQcxUovjvFRTr2ocT5Tr1jktTCrFlRDw7irL8PVyGet8j9TK2xRW3T_U4GdtPPSVse4ddGlV5r5NALy6qEwwMaaPZJI/s640/lenin-vozhd-proletariat-sssr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCiKt1X5l735Xnfe-Z_fY6FflX3PT_DOeZWOeHp2yCYi0wuW86T9CUh6lF48pQJByt5H2Vxa9hRutIGC1c6xxpIyLc9wVmqZTOKAQcxUovjvFRTr2ocT5Tr1jktTCrFlRDw7irL8PVyGet8j9TK2xRW3T_U4GdtPPSVse4ddGlV5r5NALy6qEwwMaaPZJI/w640-h360/lenin-vozhd-proletariat-sssr.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 29 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Por que não sou comunista</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto do filósofo britânico Bertrand Russel, extraído de The Basic Writings of Bertrand Russell (2009) e publicado pelo Instituto Mises:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Há duas perguntas que devem ser feitas em relação a qualquer doutrina política:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>(1) Seus princípios teóricos são verdadeiros?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>(2) Sua implementação prática é suscetível de aumentar a felicidade humana?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>De minha parte, acredito que os princípios teóricos do comunismo são falsos e que suas máximas práticas são tais que produzem um aumento não quantificável da miséria humana.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As doutrinas teóricas do comunismo derivam, em sua maioria, de Marx. Minhas objeções a Marx são de dois tipos: primeiro, que ele possuía uma mente confusa; segundo, que seu pensamento foi quase inteiramente inspirado pelo ódio. A doutrina da mais-valia, que supostamente demonstra a exploração dos assalariados no capitalismo, é alcançada por (a) a aceitação sub-reptícia da doutrina da população de Malthus, que Marx e todos os seus discípulos explicitamente repudiam, e (b) a aplicação da teoria ricardiana do valor aos salários, mas não aos preços dos bens manufaturados. Marx está inteiramente satisfeito com o resultado, não porque o resultado concorde com os fatos ou seja logicamente coerente, mas porque é projetado para enfurecer os assalariados.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A doutrina marxista, segundo a qual todos os eventos históricos foram motivados por conflitos de classe, é uma extensão apressada e falsa na história mundial de certas características proeminentes na França e na Inglaterra há cem anos. Sua crença na existência de uma força cósmica chamada "Materialismo Dialético" e que ela governa a história humana independentemente da vontade humana é mera mitologia. Os erros teóricos de Marx, no entanto, não teriam importado tanto não fosse o fato de que, como Tertuliano e Carlyle, seu maior desejo era ver seus inimigos punidos, pouco se importando com o que aconteceu com seus amigos no processo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A doutrina de Marx era ruim o suficiente, mas os desenvolvimentos que ela experimentou sob Lenin e Stalin a tornaram muito pior. Marx havia ensinado que, após a vitória do proletariado em uma guerra civil, haveria um período revolucionário de transição e que, durante esse período, o proletariado, como é a prática usual após uma guerra civil, privaria seus inimigos derrotados do poder político. Esse período seria o da ditadura do proletariado. Não se deve esquecer que, na visão profética de Marx, a vitória do proletariado teria que vir uma vez que ele tivesse crescido para se tornar a grande maioria da população.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A vitória do proletariado, portanto, como Marx a concebeu, não foi essencialmente antidemocrática. Na Rússia, em 1917, no entanto, o proletariado constituía uma pequena porcentagem da população; a grande maioria era camponesa. Foi decretado que o partido bolchevique era a seção consciente de classe do proletariado, e que o pequeno comitê de seus líderes era a seção consciente de classe do partido bolchevique. A ditadura do proletariado tornou-se, assim, a ditadura de um pequeno comitê e, em última análise, de um homem: Stalin. Como o único proletário com consciência de classe, Stalin condenou milhões de camponeses à morte por fome e milhões de outros ao trabalho forçado em campos de concentração. Ele chegou a decretar que as leis da hereditariedade deveriam doravante ser diferentes do que costumavam ser, e que o germoplasma deveria obedecer aos decretos soviéticos e não, por outro lado, àquele monge reacionário, Mendel.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não consigo entender como é que algumas pessoas inteligentes e humanas puderam encontrar algo para admirar no vasto campo de escravatura produzido por Stalin. Sempre discordei de Marx. Minha primeira crítica hostil a ele foi publicada em 1896. Mas minhas objeções ao comunismo moderno são mais profundas do que minhas objeções a Marx. É o abandono da democracia que considero particularmente desastroso. Uma minoria que apoia seu poder nas ações de uma polícia secreta será necessariamente cruel, opressora e obscurantista. Os perigos do poder irresponsável foram geralmente reconhecidos durante os séculos XVIII e XIX, mas aqueles que se deslumbraram com as aparentes conquistas da União Soviética esqueceram tudo o que foi dolorosamente aprendido durante o tempo da monarquia absoluta, e, sob a influência da curiosa ilusão de que estavam na vanguarda do progresso, regrediram ao pior da Idade Média.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Há sinais de que, com o tempo, o regime soviético se tornará mais liberal. Mas, mesmo que isso seja possível, está longe de ser certo. Enquanto isso, todos aqueles que valorizam não apenas a arte e a ciência, mas sim suprimentos suficientes de pão e estarem livres do medo de que uma palavra descuidada proferida por seus filhos na frente do professor possa condená-los ao trabalho forçado no deserto da Sibéria, devem fazer o que estiver ao seu alcance para preservar em seus próprios países um modo de vida menos servil e mais próspero.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Há quem, oprimido pelos males do comunismo, seja levado à conclusão de que a única maneira eficaz de combater esses males é através de uma guerra mundial. Acho que isso é um erro. Tal política pode ter sido possível em algum momento; mas agora a guerra se tornou tão terrível e o comunismo se tornou tão poderoso que ninguém pode ter certeza do que restaria depois de uma guerra mundial; e, o que sobrar, provavelmente será pelo menos tão ruim quanto o comunismo de hoje. Esse prognóstico não depende de qual lado sairá é nominalmente vitorioso, se houver. Depende exclusivamente dos efeitos inevitáveis da destruição em massa por meio de bombas de hidrogênio e cobalto e, talvez, de pragas engenhosamente propagadas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A forma de combater o comunismo não é a guerra. O que é necessário, para além de armamentos que dissuadam os comunistas de atacar o Ocidente, é uma diminuição da base de agitação nas partes menos prósperas do mundo não comunista. Na maioria dos países da Ásia há uma pobreza abjeta que o Ocidente deve aliviar o máximo que puder. Há também uma grande amargura causada por séculos de domínio europeu insolente na Ásia. Isso deve ser tratado através da combinação de tato paciente com declarações claras de renúncia a relíquias da dominação branca como as que subsistem na Ásia. O comunismo é uma doutrina que se alimenta da pobreza, do ódio e da contenda. A sua propagação só pode ser travada diminuindo a área onde a pobreza e o ódio existem.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>*Este artigo foi originalmente publicado em Instituto von Mises Barcelona.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-4949572152322762362024-02-29T05:29:00.000-08:002024-02-29T05:29:44.457-08:00Fala Gabeira - 63° Episódio (Manifestação de 25.02.2024)<p style="text-align: center;"> <iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RHwbmwDs5Q4?si=N-UWhm-8Vt25hXw5" title="YouTube video player" width="560"></iframe></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-41669650336498105012024-02-29T05:16:00.000-08:002024-02-29T05:18:56.684-08:00Senadora Soraya Thronicke fala sobre o discrurso de Michelle<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/Qs3sYEzl5NE?si=jH5qgxFiiGYwqAjZ" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-73005258275660483752024-02-28T05:03:00.000-08:002024-02-28T05:03:15.201-08:00É Notícia: entrevista presidente Lula (27/02/24) | Completo<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/UFIW1bGwlPE?si=k8WtV0rIc4_2Se80" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-63136819706122773322024-02-27T11:38:00.000-08:002024-02-27T11:38:59.250-08:00A religião entra definitivamente na política | TVGGN | 26.02.24<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/Wj5E8RFs93g?si=fRYPqQeBMXAK43Yg" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-49392253513754269962024-02-27T11:35:00.000-08:002024-02-27T11:35:16.625-08:00O tamanho do Bolsonarismo | Ponto de Partida<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/B1GZXKHxT8M?si=9Un_M33lvsuriB-w" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-34907724045471559892024-02-27T11:21:00.000-08:002024-02-27T11:21:07.077-08:00A força de Bolsonaro e a fraqueza do Brasil<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOq4732xeL5-kRlOtRSHnhBpED35IgtI0v77sBiCzhcrJygJ51JMGVxOLxPGCv-XsO7pBpRc41yyiQ0-rAOtDZvPPITijEPaFFAAb7CMYmSGTZ6qzt74Zbs1OxG5_fZybwnDbsUUsa78eXVsynsISbXXXOuOrVxj2vOumdhRbZNqsr_OV3yvY8EtuK3LTQ/s640/manifestacao-bolsonarista.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="358" data-original-width="640" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOq4732xeL5-kRlOtRSHnhBpED35IgtI0v77sBiCzhcrJygJ51JMGVxOLxPGCv-XsO7pBpRc41yyiQ0-rAOtDZvPPITijEPaFFAAb7CMYmSGTZ6qzt74Zbs1OxG5_fZybwnDbsUUsa78eXVsynsISbXXXOuOrVxj2vOumdhRbZNqsr_OV3yvY8EtuK3LTQ/w640-h358/manifestacao-bolsonarista.jpeg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 26 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A força de Bolsonaro e a fraqueza do Brasil</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Eis a fraqueza do político brasileiro e do brasileiro comum: a falta de coerência moral. Não é porque o STF está cometendo abusos que precisamos desconsiderar os crimes cometidos por aqueles que são alvos da investigação. Catarina Rochamonte para O Antagonista:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Jair Bolsonaro, na mira do STF por articular decretação irregular de Estado de sítio e intervenção no TSE, convocou seus eleitores para defendê-lo no dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, e a massa de apoiadores compareceu.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No vídeo da convocação, Bolsonaro diz que se trata de um “ato pacífico em defesa do nosso Estado democrático de direito.” Sabe-se lá o que o Estado democrático de direito é na cabeça de um populista autoritário que faz reunião com todos os seus ministros para combinar a virada de mesa que iria mantê-lo no poder a despeito do resultado das eleições.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Bolsonaro queria um golpe de Estado, seu entorno planejou um golpe de Estado, que não aconteceu porque as Forças Armadas, como instituição, se negaram a implementá-lo, embora alguns militares, individualmente, tenham participado da “intentona bolsonarista.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em seu discurso, Bolsonaro falou da bíblia como uma “caixa de ferramenta”, dramatizou em torno do episódio da facada que sofreu em 2018, citou luta armada de 1970 e um tenente “executado pela esquerda”, lembrou sua “carreira das armas”, recordou os 28 anos como deputado “discursando para as paredes”, citou platitudes sobre seu governo até chegar ao momento “daquela coisa que aconteceu em outubro de 2022” e mostrou-se satisfeito por ter conseguido o que queria: “uma fotografia para o mundo.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A instrumentalização do conservadorismo</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Mas não faltou aquela carga ideológica caricata que, de fato, responde pela sua capacidade de aglomerar tão grande público: “Nós não queremos o socialismo para o nosso Brasil. Nós não podemos admitir o comunismo em nosso meio. Nós não queremos ideologia de gênero para os nossos filhos. Nós queremos respeito à propriedade privada. Nós queremos o direito à defesa à própria vida. Nós queremos o respeito à vida desde a sua concepção. Nós não queremos a liberação das drogas em nosso país.”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Eu e provavelmente mais da metade dos brasileiros concordamos com esse parágrafo. O que não concordamos é que o sujeito, por defender isso, não seja responsabilizado pelos desvios cometidos em outros aspectos fundamentais da ética, da moralidade, da civilidade. O problema é que o sentimento conservador do brasileiro comum foi manipulado, instrumentalizado por políticos desqualificados, ineptos e desonestos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>É uma cena burlesca ver os autoproclamados patriotas antipetistas aplaudirem com entusiasmo o discurso do presidente do PL, Valdemar da Costa, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão, ocorrido no governo Lula.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ainda mais constrangedor e decepcionante é ver um dos ícones da operação Lava-Jato, o ex-deputado Deltan Dallagnol, junto a outros expoentes do partido Novo, participar da manifestação bolsonarista, sob a justificativa de união da direita contra os abusos do STF.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Ora, todos sabem que a CPI da Lava-Toga, protocolada pelo senador Alessandro Vieira, em 2019, com o objetivo de investigar o judiciário, foi inviabilizada pelo bolsonarismo para livrar a pele de Flávio Bolsonaro das investigações do caso das rachadinhas. A foto do caloroso abraço de Bolsonaro aos ser recebido pelo ministro Dias Toffoli em sua casa, em 2020, diz tanto do Brasil quanto a foto da multidão bolsonarista na Paulista.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Lava-Jato e falta de coerência moral</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sérgio Moro, ao decidir apoiar Bolsonaro no segundo turno, após ter denunciado a intenção do ex-presidente de interferir na Polícia Federal e após ter feito uma espécie de pré-campanha para presidente na qual expôs em livro e em discursos o mal que Bolsonaro tinha feito ao combate à corrupção, acabou com a esperança política daqueles que acreditaram e defenderam a Lava Jato por princípio e por anelo de justiça e não por mero oportunismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Da mesma forma, Deltan Dallagnol, aderindo ao bolsonarismo, de certa forma despreza a parcela da direita antibolsonarista que viu nele alguém firme e inabalável no combate à corrupção.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Conforme escreveu Felipe Moura Brasil no artigo O Novo parasita o bolsonarismo, os valores e princípios inegociáveis do combate à corrupção foram sabotados por Bolsonaro e colar na direita bolsonarista não é o melhor exemplo de coerência moral.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Eis a fraqueza do político brasileiro e do brasileiro comum: a falta de coerência moral. Não é porque o STF está cometendo abusos – de fato, está – que precisamos desconsiderar os crimes cometidos por aqueles que são alvos da investigação. E entre os crimes está a tentativa de golpe, infelizmente minimizada pela direita, que compromete assim o seu papel de firme, porém democrática oposição.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Duas pontas que se retroalimentam</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em seu discurso, Bolsonaro também pediu uma anistia para “os pobres coitados que estão presos em Brasília”. Sim, eles merecem anistia. Foram massa de manobra de gente mais graúda. Eles estão presos na Papuda e o Brasil está preso a dois populistas grotescos e rasteiros que se retroalimentam, como escreveu a ex-deputada Janaina Paschoal, em postagem no seu perfil X, em momento de singular lucidez:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Respeitando opiniões divergentes, eu vejo, com clareza, um novo teatro das tesouras. Duas pontas que se retroalimentam e, guardadas as particularidades, funcionam de forma muito parecida. Ambas têm seus fiéis, que veem crimes na outra ponta, ambas têm seus atos de dramatização e ‘despedida’. Uma ponta brinca de fazer calar a outra. Antes, eu tinha pena do povo, que acredita nesse teatro. Hoje, vejo que o povo gosta e também se alimenta disso. Pobre daquele que pensa que essa representação os aniquila mutuamente. Esse teatro os mantém vivos e eles sabem disso!”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A manifestação na Avenida Paulista foi exitosa. Deixou clara a tragédia política brasileira: só Lula e Bolsonaro conseguem mobilizar as massas e encher as ruas; e as aberrações de um fazem as aberrações do outro parecerem menores. A força de Lula e Bolsonaro é a fraqueza da democracia do Brasil.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-33049379807456727782024-02-22T10:52:00.000-08:002024-02-22T10:52:08.823-08:00‘Crimes sexuais sádicos’ do Hamas contra mulheres, homens e crianças<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_IoIHm35slVyunPRklukFBagwe4LAatM0z2vU2vLXSlb5HVkfL4CzoonosXoxJM1ePC-pfMUhGoYVllMYB-W6SgqkNwPIiz0MrDfE-pyY7MeA0oQgWca5yAAZ5i4GK32zGRAYU7WncPaR9iDKnS-Y8Yv3XQX4PrKzHFLPmreQkrKdTYiaFRgw16MOTnsd/s900/protesto-ny-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="900" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_IoIHm35slVyunPRklukFBagwe4LAatM0z2vU2vLXSlb5HVkfL4CzoonosXoxJM1ePC-pfMUhGoYVllMYB-W6SgqkNwPIiz0MrDfE-pyY7MeA0oQgWca5yAAZ5i4GK32zGRAYU7WncPaR9iDKnS-Y8Yv3XQX4PrKzHFLPmreQkrKdTYiaFRgw16MOTnsd/w640-h426/protesto-ny-1.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 22 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">‘Crimes sexuais sádicos’ do Hamas contra mulheres, homens e crianças.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O relatório feito por uma associação de Israel especializada em violência sexual resume o que se sabe até agora sobre esse tipo de crime cometido pelo grupo. Vilma Gryzinski:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Estupros coletivos, castrações, mutilações, violações praticadas diante de familiares, inserção de armas nos genitais, “incluindo pregos, granadas e facas”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>É difícil ler o relatório – preliminar, pois muitos crimes continuam sem ser revelados – da Associação de Centros de Crise, dedicada a atender casos de estupro em Israel. O documento foi encaminhado à ONU, na esperança de que as atrocidades desse tipo, cada vez mais empurradas para o esquecimento, não acabem ignoradas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Muitos dos crimes relatados já apareceram em reportagens, sendo a mais completa delas a do New York Times datada de 28 de dezembro passado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Outros relatos feitos por profissionais são protegidos pelo sigilo. Segundo o Times, havia quatro sobreviventes das violações, três mulheres e um homem. É possível que outros casos tenham surgido desde então. Também é muito possível que os estupros continuem a ser praticados contra reféns.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>TERROR E HUMILHAÇÃO</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Eu vi com os meus próprios olhos”, contou Aviva Siegel, refém libertada em novembro, sobre a convivência por alguns dias com seis jovens mantidas num grupo separado, vestidas com “roupas impróprias” como se fossem bonecas dos raptores, segundo a comparação que fez.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Os rapazes também sofriam abusos”, disse ela.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O relatório da Associação de Centros de Crise reuniu testemunhos dessa natureza e identificou os quatro pontos onde foram – ou continuam a ser – praticados: o festival Nova de música eletrónica, os kibutz e outras localidades fronteiriças dominadas pelos invasores, as bases das Forças de Defesa de Israel na área e os lugares para onde crianças, mulheres e homens foram levados, sendo que mais de cem continuam em cativeiro.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“A organização terrorista Hamas escolheu atingir o Estado de Israel com duas estratégias claras: tomar cidadãos como reféns e crimes sexuais sádicos. Não podemos mais silenciar”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As práticas sádicas tinham por objetivo “aumentar o grau de terror e humilhação inerente à violência sexual. Muitos corpos de vítimas foram encontrados algemados e amarrados. Os genitais de homens e mulheres foram brutalmente mutilados, às vezes com armas alojadas neles”. Na reportagem do Times, é citado o caso do corpo de uma mulher encontrado com dezenas de pregos cravados nas coxas e na virilha.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“MINHA FILHA”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os crimes sexuais provocam, em todas as culturas, enorme repúdio por sua natureza disruptiva: além das vítimas, toda a família e o círculo social são abalados por falharem no contrato tácito de não permitir esse tipo de abuso.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Cometê-los diante de cônjuges, pais e filhos, como constatou a Associação, tem o objetivo de “solapar a dignidade e a masculinidade dos homens que não conseguem proteger suas mulheres, bem como instilar o medo”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Antes que passassem a ser negados, com cinismo habitual e até a invocação de proscrição religiosa, muitos dos crimes ficaram registrados em fotos tiradas das vítimas por invasores do Hamas. Outros foram inferidos por imagens como as da jovem Naama Levy, algemada, com ferimentos no rosto, nos braços e nas pernas, além de sangue na área genital aparecendo em sua calça de moletom.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Todo mundo viu o vídeo, a garota que aparece nele é minha filha”, já disse a mãe de Naama, a médica Ayelet Levy Sashar.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>MARGEM DE AÇÃO</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A questão dos reféns está provocando sérias divisões internas em Israel. A maioria das famílias, obviamente, quer que o governo faça qualquer tipo de concessão para conseguir tirá-los do cativeiro – mesmo sem garantias de que o Hamas vá entregar o mais poderoso instrumento de pressão que jamais teve.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A opinião pública está dividida entre aceitar concessões em nome da libertação das vítimas mantidas no cativeiro há quatro meses e meio e os que acham mais importante eliminar a capacidade de agressão do Hamas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Como já era previsto, a margem de ação dada pelos Estados Unidos para Israel destruir os agressores, até onde isso fosse possível, já está se esgotando.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>São questões de vida ou morte, literalmente, que se impõem pelo caráter urgente. Lamentavelmente, o 7 de outubro vai ficando mais distante e o discurso antissemita ressurge, apresentando a reação de Israel como “uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Hamas desaparece do cenário, assim como as mulheres e crianças violentadas, torturadas, mutiladas e assassinadas em Israel. O grito silencioso é expurgado da consciência dos que se consideram virtuosos e justos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-13042300772284156782024-02-22T04:29:00.000-08:002024-02-22T04:29:15.337-08:00Lula não entendeu quem foi Hitler | Ponto de Partida<div style="text-align: center;"><iframe frameborder="0" height="270" src="https://youtube.com/embed/_8zTSQJbXtg?si=xM020jqNfuxHprRV" width="480"></iframe></div>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-44343692982650141782024-02-21T10:38:00.000-08:002024-02-21T10:38:27.816-08:00Ideologia maniqueísta: A guerra de Lula.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGv_yg4asql1d9tlN-C859uu1aYdIbfxERUuXljzkOLQn43J8NJjLrNIUPum6eMaZBn2CCyMXUKm5PCwsnGrfkCMq7iQD18KfhKioWsdbN9LVhjFbHUVukFMy73HI6pULP451FB6RqKFlaRPpgE3SIsZwy1UYgiR2Jy2SoOaKPahnYjB6J5-5pULNygMq2/s225/images%20(2).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGv_yg4asql1d9tlN-C859uu1aYdIbfxERUuXljzkOLQn43J8NJjLrNIUPum6eMaZBn2CCyMXUKm5PCwsnGrfkCMq7iQD18KfhKioWsdbN9LVhjFbHUVukFMy73HI6pULP451FB6RqKFlaRPpgE3SIsZwy1UYgiR2Jy2SoOaKPahnYjB6J5-5pULNygMq2/w640-h640/images%20(2).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 21 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Ideologia maniqueísta: A guerra de Lula.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na ânsia de se autopromover como líder global dos ‘pobres’ contra os ‘ricos’, Lula reduziu o Itamaraty a linha auxiliar de sua ideologia maniqueísta e de seu voluntarismo narcisista. Editorial do Estadão:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O presidente Lula da Silva parece ter declarado guerra ao Ocidente. Uma guerra imaginária, claro, mas nesse delírio o petista pretende posicionar o Brasil na vanguarda da luta contra tudo o que simboliza os valores ocidentais – tendo como companheiros de armas um punhado de notórias ditaduras, como China, Rússia, Irã e Venezuela.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A irresponsável declaração de Lula sobre Israel, comparando a campanha israelense contra os terroristas do Hamas ao Holocausto, está perfeitamente alinhada a esse empreendimento ideológico. Não foi, portanto, fortuita nem acidental.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Lula parece empenhado em usar seu terceiro mandato para lançar-se como líder político do tal “Sul Global”, uma espécie de aggiornamento do “Terceiro Mundo” dos tempos da guerra fria. Nessa nova ordem, as características distintivas do Ocidente – democracia, economia de mercado e globalização – são confrontadas por regimes autocráticos que buscam reviver o modelo que põe o Estado e a soberania nacional em primeiro lugar, à custa das liberdades individuais, direitos humanos e valores universais, denunciados como armas retóricas das democracias liberais para perpetuar sua supremacia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>No confronto Ocidente-Oriente, a geopolítica e a segurança nacional prevalecem sobre a economia e a globalização. A geopolítica multilateral do pós-guerra se fragmenta em arranjos insuficientes para as necessidades de cooperação ante desafios globais, como mudanças climáticas, pandemias, terrorismo e guerras.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Brasil não está imune a essas incertezas, mas, comparativamente, tem vantagens. Suas dimensões, sua democracia multiétnica e pacífica e sua economia relativamente industrializada e diversificada o tornam uma potência regional. Seus recursos o colocam numa posição-chave para equacionar o tripé do desenvolvimento sustentável global: segurança alimentar, energética e ambiental.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Nessas águas turvas e tumultuosas, sem grandes instrumentos de poder, o País precisa, para defender interesses nacionais e promover os globais, de sutileza, inteligência e credibilidade. Felizmente, conta com uma tradição diplomática consagrada nos princípios constitucionais do respeito aos direitos humanos, à democracia e à ordem baseada em regras, e corporificada nos quadros técnicos do Itamaraty.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Mas esse capital está sendo dilapidado pela diplomacia sectária do presidente Lula da Silva. Lula já disse que a democracia é relativa. Mas sua política externa é definida por um princípio absoluto: a hostilidade ao Ocidente (o “Norte”, os “ricos”) e o alinhamento automático a tudo o que lhe é antagônico.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sua passagem pela África foi um microcosmo desse estado de coisas. Interesses econômicos foram tratados de forma ligeira. Em entrevista, ele se evadiu de cobrar a Rússia e a Venezuela por sua truculência autocrática, ao mesmo tempo que insultou judeus de todo o mundo ao atribuir a Israel práticas comparáveis às dos nazistas.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Seja em conflitos onde o País teria força e autoridade para atuar, como os da América Latina, seja naqueles nos quais não tem força, Lula se alinha ao que há de mais retrógrado e autoritário. Abrindo mão de sua neutralidade, o País se desqualifica como potencial mediador. O Brasil poderia promover seus interesses econômicos e pontos de cooperação com a Eurásia sem prejuízo da defesa de valores civilizacionais comuns ao Ocidente. Mas Lula sacrifica os últimos sem nenhum ganho em relação aos primeiros. Em sua ânsia de se autopromover como líder global dos “pobres” contra os “ricos”, reduziu a máquina do Itamaraty a linha auxiliar de sua ideologia maniqueísta e seu voluntarismo narcisista.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A “frente ampla democrática” propagandeada na campanha eleitoral deveria ter sido projetada para as relações internacionais. Mas também aqui ela se mostrou uma fantasia eivada de sectarismo ideológico – arrastando consigo o Brasil, obliterando suas oportunidades de integração econômica e prejudicando possibilidades de cooperação pela promoção da paz, da democracia, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais que a Constituição traçou como norte da diplomacia nacional.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-51153207031436296112024-02-21T10:22:00.000-08:002024-02-21T10:22:58.797-08:00Lula é o primeiro presidente brasileiro a ser declarado persona non grata...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEPAGwcDXEyJHmsFJH-N-EC0KaB3-c8rXpEg3JnwIUzovIMSlZALx7A33v2KxhVBWIukdO4J6-GswcTU1PICO1C1kW0kt79ufPN2mD4U1W9gtILjt1hZB_LmACqst7O5hXsAxqvs30ZJc3JF5kyMpqN9eH0H8_U3q_fRk87TpVq9e1oveE3GYASJGZGsVm/s960/Lula-em-Israel-960x540.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEPAGwcDXEyJHmsFJH-N-EC0KaB3-c8rXpEg3JnwIUzovIMSlZALx7A33v2KxhVBWIukdO4J6-GswcTU1PICO1C1kW0kt79ufPN2mD4U1W9gtILjt1hZB_LmACqst7O5hXsAxqvs30ZJc3JF5kyMpqN9eH0H8_U3q_fRk87TpVq9e1oveE3GYASJGZGsVm/w640-h360/Lula-em-Israel-960x540.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 21 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Lula é o primeiro presidente brasileiro a ser declarado persona non grata por país estrangeiro</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não houve um momento pior que este para a relação Brasil-Israel. Entre os precedentes históricos, ao menos dois foram protagonizados por governos do Partido dos Trabalhadores. Eli Vieira para a Gazeta do Povo:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pela primeira vez na história da diplomacia brasileira, um presidente é declarado persona non grata por outro país. A façanha é de Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu o rechaço de Israel ao comparar, no domingo (18), a resposta militar do país a um ataque terrorista à Solução Final de Adolf Hitler contra os próprios judeus. O grupo terrorista Hamas, autor do ataque de 7 de outubro do ano passado, agradeceu a Lula pela comparação.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A situação “é ainda mais grave pelo fato de o Estado em questão ser um aliado com quem o Brasil sempre manteve boas relações, apesar de crises ocasionais”, informa Igor Sabino, doutor em ciência política pela Universidade Federal de Pernambuco e gerente de conteúdo da organização de combate ao antissemitismo StandWithUs no Brasil.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A declaração de uma pessoa como non grata (não bem-vinda) é um instrumento previsto pelo artigo 9 da Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas, com o efeito de remoção da pessoa do território do país que a rejeita, ou um aviso para que nem tente entrar. A reação do governo Lula foi de escalada, convocando o embaixador Frederico Meyer de volta ao Brasil.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Precedentes no Brasil são quase todos da esquerda</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não houve um momento pior que este para a relação Brasil-Israel. Entre os precedentes históricos, ao menos dois foram protagonizados por governos do Partido dos Trabalhadores. O último ocorreu em 2014, quando o governo de Dilma Rousseff acusou Israel de agir de modo desproporcional em outro contexto de guerra contra o Hamas. Na época, o embaixador brasileiro também foi convocado e Israel chamou o Brasil de “anão diplomático” e “politicamente irrelevante”, mas pediu desculpas meses depois.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“A situação atual é muito mais grave”, compara Sabino. “A meu ver, sem precedentes na história das relações entre os dois países”. Para ele, a comparação de Lula configura uma relativização do Holocausto, planejado sistematicamente pelos nazistas para dar um fim a judeus, homossexuais, ciganos, deficientes e críticos do regime de Hitler. No ano passado, o presidente disse que se opunha a colegas de partido e de ideologia que são contra a existência do Estado de Israel. “Hoje, vemos claramente que isso mudou, a política externa foi utilizada a fim de alcançar resultados internos”, analisa o especialista. A declaração “chega a ser mais dura que as de todos os países árabes e até inimigos declarados de Israel”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Outro precedente diplomático é do próprio presidente. Em 2009, um dos atuais financiadores do grupo terrorista, a teocracia do Irã, foi a favorecida por outra declaração incendiária de Lula, então em seu segundo mandato. “O que temos defendido há muito tempo é que o Irã tenha o direito de enriquecer urânio”, disse na época, em encontro com o ex-presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad em solo brasileiro. Lula reivindicou que o Irã fosse tratado como o Brasil, e alegou que a autocracia tinha interesses pacíficos em energia nuclear.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na época, a visita do líder iraniano foi recebida com protestos de entidades ligadas à comunidade judaica, grupos religiosos, de defesa dos direitos humanos, de homossexuais e outras organizações. Um dos motivos para os protestos era que Ahmadinejad “defende o fim do Estado de Israel, nega o Holocausto e resiste à pressão internacional para que o Irã interrompa seu programa de enriquecimento de urânio”, como colocou a BBC Brasil.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Lula se defendeu das críticas dizendo que nas semanas anteriores já havia recebido o ex-presidente de Israel, Shimon Peres, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. “Queremos falar de paz”, declarou.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Nada é mais feio que democratas traindo outros democratas em prol de quem nega o Holocausto”, reclamou no New York Times o premiado comentarista Thomas L. Friedman. No ano seguinte, uma carta do ex-presidente americano Barack Obama para Lula na qual o primeiro parecia simpático à ideia de fazer um acordo com o Irã vazou para a imprensa brasileira. A Casa Branca esclareceu para o site Politico que ainda buscava fazer sanções e que o Irã explicitava “um interesse em buscar uma arma nuclear”, justificando as sanções que “os brasileiros e turcos certamente entendem”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A publicação especializada interpretou no vazamento da carta “um sinal de ressentimento” do governo Lula, porque “o que ele vê como seu triunfo diplomático foi rejeitado pelos Estados Unidos e outros dos grandes poderes tradicionais”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Outro precedente: quando Jânio Quadros condecorou Che Guevara</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Desde 1942, a prática do Brasil no palco internacional era de “alinhamento automático”, informa um livro publicado em 2007 pela Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), entidade pública vinculada ao Itamaraty. Nos sete meses incompletos de governo do presidente Jânio Quadros, em 1961, a obra vê inovações na política externa, por abandono da prática, mas lista entre “falhas de execução” a “desnecessária condecoração de Che Guevara”, líder comunista, na época ministro da Indústria de Cuba, que confessou em carta ao pai que gostava de matar. Ele recebeu a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, maior distinção brasileira dada a estrangeiros.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Na edição de 19 de agosto de 1961, o Jornal do Brasil noticiou que a visita de Ernesto Che Guevara “causou grande surpresa nos meios diplomáticos e militares e provocou reações negativas principalmente nos últimos”. Três secretários das Forças Armadas ameaçaram imediatamente deixar seus cargos em protesto pela homenagem ao guerrilheiro argentino. O descontentamento foi suficiente para um reforço nas medidas de segurança no Ministério da Guerra e no Palácio da Presidência, relatou o jornal.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em 1975, a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul foi concedida por Ernesto Geisel ao ditador comunista Nicolae Ceausescu, da Romênia. Ceausescu e sua esposa foram condenados por assassinato em massa por militares do próprio país e fuzilados em 1989.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Colaborou com a reportagem a doutora em sociologia Marize Schons.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-21098879625180588732024-02-21T10:14:00.000-08:002024-02-21T10:14:22.473-08:00Últimas palavras: cartas de Alexei Navalny mostram o poder da convicção<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Kl7o0aXGGxc3jSylfPcITdKIBwWjpWC-EyfPdsyPozfM1lsWcqvYddg1APAKp1oeHuYeAJ83iMor31kq_lnHYTb0Pkwod8qMluNYRxICh3rPCZPXXUCRBmoQXrUpphnslPEFYKZV-etR8I64PxnSwuZJPu_yXXX0uYBi_W7qp8lXiXvQpQ_pCEfB-si3/s1280/GettyImages-2008842970.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2Kl7o0aXGGxc3jSylfPcITdKIBwWjpWC-EyfPdsyPozfM1lsWcqvYddg1APAKp1oeHuYeAJ83iMor31kq_lnHYTb0Pkwod8qMluNYRxICh3rPCZPXXUCRBmoQXrUpphnslPEFYKZV-etR8I64PxnSwuZJPu_yXXX0uYBi_W7qp8lXiXvQpQ_pCEfB-si3/w640-h360/GettyImages-2008842970.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Publicação compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 21 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Últimas palavras: cartas de Alexei Navalny mostram o poder da convicção.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“O ‘vírus da liberdade’ não foi erradicado”, escreveu o dissidente numa das cartas escritas antes do terrível isolamento da prisão onde morreu. Vilma Gryzinski:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O “cidadão”, como foi chamado todo mundo sabe por quem numa das mais desastrosas entrevistas de todos os tempos, tinha topete. E capacidade de rir da própria situação, impossivelmente difícil, muitas vezes trancado na cela de castigo da prisão no Ártico para onde foi transferido, talvez já com o desfecho trágico planejado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As cartas derradeiras de Alexei Navalny foram reveladas pelo New York Times e o site Free Press. Escrever era praticamente tudo o que ele tinha a fazer, fora as eventuais aparições em vídeos para julgamentos com resultados pré-definidos. Apesar do jogo de cartas marcadas, ele gostava desses eventos. “Distraem e ajudam a passar o tempo mais depressa”, escreveu. “Também proporcionam um senso de propósito e de luta”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em lugar de palavras grandiloquentes, disse na última correspondência com o fotógrafo exilado Evgeny Feldman, ele encontrava nas cartas do amigo “tudo o que eu gosto de discutir: comida, política, eleições, escândalos e temas étnicos”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A última referência era à guerra em Gaza e ao antissemitismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Comida é um tema universal de todos os que são privados da liberdade e do acesso a refeições decentes e Navalny usou uma analogia gastronômica para descrever a opressão dominante no sistema penal russo: “Se eles receberem ordens de servir caviar, no dia seguinte servirão caviar. Se receberem ordens de estrangular você na cela, você será estrangulado”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>As palavras, obviamente, são arrepiantes à luz do que aconteceu com Navalny.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>CELA DE CASTIGO</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Uma parte da história russa, com todas as suas convulsões, foi escrita de dentro de celas de um sistema prisional que remonta a séculos e sobre o qual Navalny disse: “Eu sei que não sou o primeiro, mas gostaria de ser o último, ou pelo menos um dos últimos, a ser forçado a suportar isso”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Depois de ler sobre seus 400 dias na ‘cela de castigo’, com rações cada vez menores, dá para entender que existem pessoas que pagaram muito mais por suas convicções”, escreveu ele a um dos mais conhecidos dissidentes do fim da era soviética, Natan Sharansky.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Navalny escreveu a Sharansky depois de ler seu livro de memórias, em abril do ano passado, Não Temerei o Mal. Contou que ele próprio estava na solitária, na qual era constantemente colocado e da qual saía com a incrível força dos dissidentes russos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Sharansky passou nove anos preso por tentar emigrar para Israel, entre outros “crimes”. Foi um dos últimos protagonistas das famosas trocas de prisioneiros na Alemanha Oriental. Em Israel, ele entrou para a política, foi integrante de vários governos de direita e acabou renunciando a um ministério, por incrível ironia, como gesto de protesto contra a saída das forças israelenses da Faixa de Gaza.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Seu livro me ajudou muito e continua a ajudar”, agradeceu Navalny. Sharansky respondeu que escreveu o livro quando muitos amigos ainda continuavam presos e que pretendeu produzir, mais do que um relato de seus tempos no cárcere, “um manual de como se comportar no confronto com a KGB”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“Espero que, por mais difícil que seja fisicamente, você continue a manter sua liberdade interior”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“CONCLUSÕES CORRETAS”</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Navalny não só a manteve como se permitiu arroubos como prever o fim do regime putinista.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“A coisa mais importante é chegar às conclusões corretas de forma a que esse estado de mentiras e hipocrisias não entre em um novo ciclo”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>“O vírus da liberdade está longe de ter sido erradicado. Não são mais dezenas ou centenas como antes, mas dezenas e centenas de milhares que não têm medo de falar pela liberdade e contra a guerra, apesar das ameaças. Centenas estão nas prisões, mas confio que não estejam alquebrados e que não desistam”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Pode ser uma conclusão incorreta, mas quem diria que a União Soviética desmoronaria apenas seis anos depois de Natan Sharansky ter cruzado a infame “ponte dos espiões” em Berlim?</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O corpo de Navalny continua retido.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Vai demorar duas semanas para “saber como o cidadão morreu”. E, obviamente, todo mundo vai acreditar no resultado.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-11576813096333207642024-02-21T03:43:00.000-08:002024-02-21T03:43:18.153-08:00Lula e o Holocausto: a escolha moral pela vileza e a ignorância<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDa4idfHEOwgpp3aPVnajZkJfsjQxcMwUG8UkUmpZTPf53N3vGcObrzLxAd3uJtL28tIOHOk90HriemT5QxIhYGp_JvvdFT5R5PYnSUIrqCqqmrVsP-7-_Nu84c2Z2dbbnJzXaFuoCotOEDnmnrfao__JrLgCwivMwePuqXldigb26VuOToi9C8iC3gUdi/s960/342e63e4a1c19759b238c5ebec540fe0788acb32w-960x540.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDa4idfHEOwgpp3aPVnajZkJfsjQxcMwUG8UkUmpZTPf53N3vGcObrzLxAd3uJtL28tIOHOk90HriemT5QxIhYGp_JvvdFT5R5PYnSUIrqCqqmrVsP-7-_Nu84c2Z2dbbnJzXaFuoCotOEDnmnrfao__JrLgCwivMwePuqXldigb26VuOToi9C8iC3gUdi/w640-h360/342e63e4a1c19759b238c5ebec540fe0788acb32w-960x540.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 20 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Lula e o Holocausto: a escolha moral pela vileza e a ignorância.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Lula pariu uma crise diplomática gratuita com um país amigo, submetendo o corpo técnico do Itamaraty ao constrangimento. Guilherme Macalossi para a Gazeta:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Danada essa casca de banana. Está sempre à espreita, pronta para fazer Lula derrapar. Já se tornou até uma personagem de nossa diplomacia. Pelo menos para aqueles que ainda tomam as declarações do presidente sem identificar nelas qualquer traço de dolo moral. Eis que a fruta passou a servir de licença poética para tomar como erro o que não passa de vileza. Mesmo quando o presidente usa o Holocausto como um porrete para assacar acusações contra Israel com base numa falsa equivalência entre um conflito violento e o genocídio do qual o povo judeu foi vítima.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Em viagem pela África, o mandatário brasileiro foi instado pela imprensa a comentar assuntos de temática internacional. Não teve nada a dizer sobre a expulsão de funcionários da Organização das Nações Unidas da Venezuela, tampouco da obscura morte de Alexei Navalny, líder da oposição russa que estava aprisionado num campo de concentração nos confins da Sibéria. Disse que não estava bem informado, que era necessário aguardar, que não queria cometer injustiças. O único juízo que tinha na ponta da língua era sobre a operação militar israelense contra o grupo terrorista Hamas. E saiu a falar: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse, com direito até a pausa dramática antes da conclusão do raciocínio.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Não é a primeira vez que Lula equivale algoz e vítima. Já o tinha feito quando da invasão Russa à Ucrânia. Numa vergonhosa entrevista ao The Times, disse que os dois países ansiavam igualmente pela guerra. Ele apenas aprofundou o método, passando por cima de inúmeros assassinatos em massa de forma a ressaltar um ineditismo histórico falso, ainda que a simetria fosse minimamente honesta.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A própria África, de onde Lula falou, é protagonista de perseguições, guerras e genocídios recentes numa escala de violência e brutalidade infinitamente superiores ao atual conflito no Oriente Médio. É só lembrar da guerra civil na Ruanda, em que, durante poucos meses de 1994, foram assassinadas entre 500 e 800 mil pessoas num processo descrito pela ONU como “metódico”. Da mesma forma o Sudão, onde centenas de milhares já foram mortos em Darfur desde 2003. Talvez o presidente não lembre deste último até porque, durante seu primeiro mandato, o Brasil se omitiu de condenar o país no Conselho de Direitos de Direitos Humanos da ONU, o que foi descrito à época pela Human Rights Watch como um ato de "insensibilidade e indiferença".</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Lula pariu uma crise diplomática gratuita com um país amigo, submetendo o corpo técnico do Itamaraty ao constrangimento. Foi aplaudido apenas por petistas, prosélitos nas redes sociais e pelo Hamas, que soltou até uma nota entusiasmada em que os terroristas dizem apreciar “a declaração do presidente brasileiro Lula da Silva, que descreveu aquilo a que o nosso povo palestino está submetido na Faixa de Gaza como um Holocausto”.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Segundo Celso Amorim, o grande entusiasta da política externa lulopetista, o presidente brasileiro “sacudiu o mundo”. Só se considerarmos isso pelo ponto de vista da escala de suas declarações aberrantes. Havia vários modos de se criticar a conduta do governo Israelense na ação que ocorre na Faixa de Gaza. E isso não destoaria da linha adotada por outros países ocidentais, incluindo os Estado Unidos. Mas não foi o caso. Lula preferiu a suprema ofensa, fruto direto de uma escolha moral. Lula não derrapou na casca de banana, ele, deliberadamente, atirou a casca de banana sobre 6 milhões de mortos e gerações de parentes afetados por um dos crimes mais bárbaros já cometidos na história humana.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5872706491965871003.post-64408664974895918632024-02-20T09:52:00.000-08:002024-02-20T09:52:09.075-08:00Erro grosseiro: Lula mistura alhos com bugalhos.<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ERxCoqiomXP-jUiqgnw0nqixAg7sdj_P2dvrNEDgI5J2k5o8PQO2re8vg-B3Jx1VdxhJPVOnrv4z8t7PqpcSyFZK8QOyOuh20mjdsbHHyi8RayrC1mbjQ0Nvly2qFtii2eQSkchI3aSekutDKH9NWIFJM_T9uV3kjz1uYnz_QJC7MPPstlwWR_g6Bk1r/s304/download%20(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="166" data-original-width="304" height="349" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ERxCoqiomXP-jUiqgnw0nqixAg7sdj_P2dvrNEDgI5J2k5o8PQO2re8vg-B3Jx1VdxhJPVOnrv4z8t7PqpcSyFZK8QOyOuh20mjdsbHHyi8RayrC1mbjQ0Nvly2qFtii2eQSkchI3aSekutDKH9NWIFJM_T9uV3kjz1uYnz_QJC7MPPstlwWR_g6Bk1r/w640-h349/download%20(1).jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Artigo compartilhado do BLOG DO ORLANDO TAMBOSI, de 20 de fevereiro de 2024</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span style="color: red;">Erro grosseiro: Lula mistura alhos com bugalhos.</span></i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i> Esse açodamento em busca do protagonismo acaba levando a armadilhas, como ser identificado pelo grupo terrorista Hamas como seu defensor, a ponto de ser elogiado numa declaração formal, prejudicando os palestinos que não têm nada a ver com terrorismo. Merval Pereira:</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A humilhação pública a que foi submetido o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, pelo Estado de Israel, sendo repreendido no Museu do Holocausto diante de jornalistas, é exemplar da passionalidade que o tema desperta no povo judeu. E do erro grosseiro, diplomático, histórico e ideológico cometido pelo presidente Lula ao comparar uma reação excessiva de Israel ao ataque terrorista do Hamas à política de dizimação em massa levada a efeito pelos alemães contra os judeus na Segunda Guerra Mundial.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A única maneira de Israel voltar atrás na declaração de que Lula é persona non grata seria o Brasil pedir desculpas, e o recrudescimento da crise com a convocação do embaixador brasileiro de volta e a correspondente reprimenda ao embaixador de Israel no Brasil mostra que dificilmente teremos uma solução rápida para uma crise desnecessária.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Já que foi dito, seria preciso encontrar uma maneira que explique a frase, por meio de um comunicado, sem pedir desculpas. Mas a própria primeira-dama Janja já demonstrou como é difícil a tarefa de enrolar a língua de volta à boca. Se a ideia era criticar o governo israelense, e não o povo judeu, o improviso de Lula foi um ato falho revelador de seus sentimentos políticos.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O comentário do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, de que quem deve desculpas é Israel, e não a Lula, à Humanidade, reflete bem o estado de espírito que tomou conta do governo brasileiro depois do escandaloso episódio. Não se trata mais de um conselheiro, mas de um militante de uma causa, sem a devida cautela. Ao se referir ao Estado de Israel, e não ao governo de Israel, um diplomata experiente como Amorim sabe que transforma uma política de governo numa política de Estado, jogando a acusação para Israel.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O Brasil tem todo o direito, e o dever, de denunciar os abusos do governo de Israel no combate ao Hamas. Se fizer uma conta rápida, dos milhões de judeus assassinados inequivocamente para exterminar um povo, com o que está acontecendo hoje em Gaza, não é possível aceitar uma comparação tão absurda. Além do mais, o assassinato em massa, com recursos tecnológicos para se repetir em escala industrial, denota o objetivo de eliminar uma etnia.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>A reação do Estado de Israel ao ataque terrorista do Hamas, justificada pela barbaridade perpetrada, deveria ter sido controlada para evitar os excessos de força claramente havidos. Mas não há nem mesmo genocídio, segundo a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, já passando para o campo da retórica política a qualificação que o governo brasileiro adotou em sua linguagem diplomática corriqueira, noutro deslize. Seria preciso tomar providências, de acordo com a CIJ, para evitar um ambiente político que leve ao genocídio, o que é muito grave, mas substancialmente diferente.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>O presidente da República tem de ter mais conhecimento histórico, ou mais responsabilidade, cada vez que abre a boca. Ainda mais um que se pretende líder mundial e almeja papel relevante no cenário internacional, numa ação frenética em busca dos holofotes. Esse açodamento em busca do protagonismo acaba levando a armadilhas, como ser identificado pelo grupo terrorista Hamas como seu defensor, a ponto de ser elogiado numa declaração formal, prejudicando os palestinos que não têm nada a ver com terrorismo.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Mistura alhos com bugalhos de maneira absurda, com consequências graves. A não ser por uma tendência ideológica contra o Estado de Israel, completamente fora da política tradicional brasileira, é inexplicável o que aconteceu.</i></b></p><p style="text-align: justify;"><b><i>Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com</i></b></p>ARMANDO MAYNARDhttp://www.blogger.com/profile/18071538972421113360noreply@blogger.com0