quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Se o comunismo não deu certo, como é que quer conquistar o mundo?

Legenda da foto: Imagem reproduzida do site BBC Brasil e postada pelo blog 'Ideias & Lideranças', para simplesmente ilustrar o presente artigo

Artigo compartilhado do Perfil do Facebook de Paulo Roberto Dantas Brandão, de 9 de agosto de 2020

Se o comunismo não deu certo, como é que quer conquistar o mundo?
Por Paulo Roberto Dantas Brandão

Uma vez escrevi um artigo bem humorado na Gazeta.  Um professor e intelectual meu amigo leu, disse que gostou, mas estranhou o bom humor:  “Você não é economista?  Economistas não são bem humorados.”  Respondi que ele não devia conhecer meu colega Clínio.  Clínio Guimarães de Carvalho é um dos caras mais bem humorados que conheço, e é economista.

Dia desses aqui no Face, Clínio publicou, ou replicou, não importa, uma postagem para lá de bem humorada e muito verdadeira: “Os caras têm que decidir, o comunismo fracassou, ou está conquistando o mundo?”

Pois é.  Canso de receber mensagens, ou comentários sobre meus artigos ou minhas postagens, dizendo que o comunismo quer conquistar o mundo.  “Temos que reagir contra o comunismo”.  “Isso é coisa de comunista que quer se implantar no Brasil”.  “O comunismo está se espalhando pelo mundo”.  Por outro lado tenho recebido postagens criticando alguns escritos dizendo que é coisa de comunista, que não deu certo em lugar algum no mundo.

Estou com a postagem de Clínio.  Se o comunismo não deu certo, como é que quer conquistar o mundo?

Minha opinião é um tanto diferente.  Acho que o comunismo não existe mais.  A rigor nunca foi implantado.  Existiram reles ditaduras, como a da União Soviética stalinista, que só tinha o rótulo de comunista.  Os países da Cortina de Ferro eram meros dependentes da ditadura soviética.  A Coreia do Norte, último exemplar do que chamam de comunismo real, também não passa de uma ditadura familiar hereditária.  E a China, hoje é um capitalismo de Estado, que já deixou há muito tempo de ser qualquer coisa perto do comunismo, apesar de manter um estado fortíssimo.

O patinho feio da história foi a Iugoslávia, por uma circunstância especial:  foi o único país que na II Guerra Mundial conseguiu expulsar os alemães quase que por conta própria, ficando numa posição de não alinhado.  Mas foi dependente de Tito, que apesar de Croata, legou ao final um regime que se revelou supremacista sérvio.

Esse discurso anticomunista é, na verdade, reflexo de uma guerra fria extemporânea, que confronta agora duas potências capitalista que se mostram antagônicas, em busca da supremacia mundial.  O perigo comunista não existe agora, como não existiu no passado.  Resume-se a coisa de tiozinhos aposentados que não têm o que fazer e acham o bolsonarismo o máximo, e arrotam todo o seu autoritarismo.

Texto reproduzido do Perfil do Facebook/Paulo Roberto Dantas Brandão

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