Legenda da foto: Luiz Eduardo Oliva, aqui ao lado de Déda, oferece sua experiência pra representar Sergipe na Câmara Federal
Publicação compartilhada do site JLPOLÍTICA, de 28 de setembro de 2022
Luiz Eduardo Oliva: “Quero fazer Sergipe ser visto com toda a tradição cultural e libertária”
Quando Luiz Eduardo Oliva ocupou seu primeiro cargo importante em 1981, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal de Sergipe, Marcelo Déda não tinha sido ainda sequer presidente do Diretório Central dos Estudantes, cargo que impulsionaria a brilhante carreira do falecido governador.
Mas Déda já tinha sido aluno de Oliva no Atheneu Sergipense, de Educação Artística - quando Oliva também fundou juntamente com Jorge Lins o Grupo Raízes de Teatro. Marcelo Deda logo viria a ser presidente do Diretório Central dos Estudantes ainda quando Oliva era pró-reitor, ocasião em que acompanhou de perto o surgir do PT que teve uma das bases consistentes em Sergipe no movimento estudantil e no qual Oliva sempre militou.
“Ao lado do gabinete do pró-reitor ficava uma sala imensa com uma mesa onde os estudantes se reuniam. Ali vi as primeiras movimentações para a criação do PT, quando também se discutia as estratégias por anistia, pelo fim da ditadura militar, enfim, pela redemocratização brasileira, da qual a universidade foi um dos pilares da reconstrução democrática do país”, relembra Luiz Eduardo Oliva, que nas eleições deste ano disputa um mandato de deputado federal pelo PSB - e o faz com bandeiras ligadas à cultura, à educação, à pesquisa científica e também aos direitos humanos e cidadania.
Em 1984, Luiz Eduardo Oliva foi fazer sua primeira pós-graduação em São Paulo, justamente em Políticas de Governo e Empresas Públicas na hoje extinta Fundação de Desenvolvimento Administrativo, e de lá partiu para Florianópolis, onde fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Oliva voltou a Sergipe em 1990 para dirigir o Centro de Cultura e Arte da UFS a convite do então reitor Alencar Filho. Depois foi pró-reitor de Extensão, quando lhe ocorreu a ideia de criar a Editora da Universidade, em virtude do envolvimento que sempre teve com a área cultural do Estado e depois criou a Editora Diário Oficial, quando presidiu a Segrase - Imprensa Oficial do Estado - já em 2009 no primeiro governo Déda.
Em 1993, indicado pelo PSB, antes mesmo da chegada do líder pernambucano Miguel Arraes ao partido, foi secretário de Turismo Esporte e Lazer do então prefeito de Aracaju, Jackson Barreto. Naquela ocasião, foi eleito presidente da Associação Brasileira de Órgãos Municipais de Turismo, sua primeira experiência a nível nacional.
Como secretário de Turismo de Aracaju, Oliva trouxe a experiência de ter presidido a comissão organizadora dos últimos grandes festivais de arte de São Cristóvão pela UFS. O prefeito Jackson lhe incumbiu coordenar o primeiro Forró-Caju.
Depois passou um tempo dedicado exclusivamente ao magistério e à advocacia, quando foi conselheiro da OAB/SE e, incumbido pelo então presidente da entidade o hoje desembargador Edson Ulisses de Melo, elaborou o projeto e presidiu por dois mandatos a Escola Superior de Advocacia.
Na época, Oliva candidatou-se ao cargo de desembargador federal pelo 1/5 Constitucional ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região e, mesmo tendo sido o primeiro lugar da lista pelo Conselho Federal da OAB, foi preterido na nomeação, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso nomeou o terceiro da lista, o advogado Paulo Gadelha - hoje falecido - e que era cunhado do então vice-presidente da Republica Marco Maciel.
Oliva passou então a dedicar-se exclusivamente à advocacia e ao magistério, como professor do curso de Direito da Unit, mas não deixou a militância política quando foi um dos líderes do Movimento Liberte-SE que pontuou na primeira eleição de Marcelo Déda a governador de Sergipe, em 2006. Eleito, Déda, seu ex-aluno, o nomeou presidente da Imprensa Oficial e depois o convidou para secretário de Estado dos Direitos Humanos e a Cidadania, cargo que ocupou por quase quatro anos.
Luiz Eduardo Oliva é jurista - membro da Academia Sergipana de Letras Jurídicas -, poeta, compositor, jornalista - foi um dos primeiros repórteres do Jornal da Cidade em 1972, aos 17 anos, antes fora “foca” da Tribuna da Bahia, e atualmente escreve artigos para o mesmo Jornal da Cidade e para esse Portal JLPolítica.
Esse ano Oliva resolveu candidatar-se a deputado federal pelo PSB, para o qual retornou depois de mais de 20 anos militando no PT. Além da experiência nos diversos cargos que ocupou, Oliva traz propostas ligadas à cultura, à educação, à pesquisa científica e também aos direitos humanos e cidadania.
“Essa é minha primeira experiência de candidatura. Não recebi recursos do Fundo Público de Campanha e fiz a campanha com doações de amigos e familiares”, pontua Oliva. “Mas tenho fé na democracia. Vivemos tempos sombrios que em muitos aspectos são mais difíceis que a época da ditadura militar”, pondera o jurista.
“Não se pode avançar na democracia - uma das maiores conquistas da humanidade nos tempos modernos - se o discurso de ódio persiste, se há o negacionismo e se não há um enfrentamento aos problemas gerados pela pobreza”, pontua Oliva.
Para Oliva, ser deputado federal é a oportunidade de propor leis que venham a contemplar as pautas que sempre abraçou. “Sergipe e o Brasil precisam de representantes que entendam os grandes problemas nacionais e locais. Eu me sinto preparado, pela vasta experiências nos cargos que ocupei, no olhar para a nossa cultura, para a compreensão do Estado e das possibilidades de desenvolvimento pela riqueza que possui. O Congresso Nacional abre um leque de oportunidades de contribuir na retomada do desenvolvimento, num pacto de reconciliar a nação com proposituras efetivamente consistentes que permitam gerar oportunidades aos jovens, que permitam os avanços sociais combatendo o preconceito e garantindo a dignidade e a cidadania”, admite ele.
Luiz Eduardo Oliva diz que vê o crescimento da sua candidatura na adesão diária de formadores de opinião que o conhecem. O tempo de televisão e rádio tem sido exíguo. Mas ele usa bem as redes sociais, sobretudo o Instagram e o Whatsaap, faz vídeos e posta, e também dá entrevistas nas rádios, tudo para fazer chegarem ao eleitorado suas propostas. Acredita que quanto mais gente o percebe, mais sua candidatura cresce.
Numa conversa aberta com essa Coluna Aparte, Luiz Eduardo Oliva lembra o seu número e a o jingle de campanha: “Estou me candidatando com o número 4001. Meu jingle acentua o “zum zum zum/zum zum zum 4001” que é para fazer as pessoas fixarem o número na hora de votar. Mas também diz da minha atuação como professor, advogado, intelectual voltado para a cultura do nosso Estado”, lembra.
E arremata: “Vejo no parlamento a possibilidade avanços pela proposta de leis que tragam melhorias às áreas sociais, que são as minhas pautas. O parlamento possibilita oportunidades de contribuir, pela formulação de leis, com o desenvolvimento do país e de Sergipe, que já marcou a cena nacional com grandes parlamentares como Silvio Romero, Fausto Cardoso, Gilberto Amado, Gumercindo Bessa, Lourival Fontes - que era meu conterrâneo do Riachão do Dantas -, Seixas Dória, Gilvan Rocha, Marcelo Déda, Zé Eduardo Dutra. Foram nomes que destacaram Sergipe no cenário nacional”, diz.
“Quero, me espelhando na ação deles, fazer Sergipe ser visto com toda a tradição cultural e libertária que possui. Sem falsa modéstia, não tenho dúvida que sou um dos que reúne melhores condições de representar Sergipe à altura de sua tradição de Estado pequeno, mas pujante, na cultura, na riqueza mineral que possui e na sua brava gente. Tenha certeza que vou honrar com coragem, altivez, determinação e valores éticos o mandato que o povo sergipano me conceder”, afirma.
Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica.com.br
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