terça-feira, 12 de novembro de 2024

Histórico: após 169 anos, Aracaju elegeu a primeira prefeita

Legenda da foto: Emília se tornará a primeira mulher a comandar a capital do Estado

Artigo compartilhado do site JLPOLÍTICA, de 30 de outubro de 2024

Histórico: após 169 anos, Aracaju elegeu a primeira prefeita

Por Tanuza Oliveira* 

O tema de hoje não poderia ser outro além da eleição de Emília Corrêa para a Prefeitura de Aracaju. Ela será a primeira mulher a comandar a capital do Estado, após 169 anos de criação. É um feito. Um marco. E merece ser registrado. 

Emília chegou até aqui depois de três mandatos de vereadora e uma quase vitória para o parlamento federal - ela obteve mais de 50 mil votos, embora não tenha sido eleita. Além disso, é defensora pública há mais de 30 anos e comunicadora de Radio e TV desde 1998. 

Emília liderou as pesquisas durante todo o processo eleitoral e a vitória dela confirmou que os aracajuanos desejavam de fato ter, pela primeira vez, uma mulher prefeita.

Como dissemos na coluna passada, obviamente essa conquista perde um pouco de representatividade quando se trata de uma mulher bolsonarista, que até então não defendeu os direitos femininos.

Quando entrevistamos as então candidatas, Emília falou sobre esse processo. “Eu acredito que as mulheres têm uma representatividade numérica na população que nos respalda a ocupar qualquer espaço. Somos tão capazes quanto os homens, não é apenas por ser mulher que as pessoas devem eleger uma prefeita”, afirmou, à época. 

Isso porque, para a então vereadora, não bastava ser mulher, tinha que ser alguém que estivesse preparada, com história, reputação ilibada e sobretudo que pensasse no melhor para a sociedade e transformasse essas ações em prol do povo. 

“É essa mulher que torço que esteja à frente de qualquer espaço que leve a responsabilidade e o peso de representar a força da mulher”, disse Emília, que também afirmou que “mudaria esse modelo propagandista e resolveria de fato os problemas da saúde, educação, transporte público e, quanto às mulheres, buscaria a viabilidade de um programa específico para promoção da saúde feminina”. Agora é esperar pra ver. 

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* A articulista é jornalista profissional.

Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica com br

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