quinta-feira, 26 de junho de 2025

O novo pobre. Triste fim aguarda o “novo pobre”

Imagem extraída do YouTube e postada pelo blog, 
para simples ilustração da presente postagem

Publicação compartilhada do Blog de Cláudio Nunes/Infonet, de 26 de junho de 2025

O novo pobre. Triste fim aguarda o “novo pobre”

Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça

“O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.

O novo pobre.

Texto para reflexão do cidadão e leitor deste espaço Ricardo Porto de Miranda

 O termo emergente virou moda nos anos 80 fazendo referência à nações em desenvolvimento que ansiavam por mais espaço e participação nos blocos econômicos de poder.

Associou-se também por analogia, na mesma época, àquelas pessoas físicas que ascenderam socialmente nas classes sociais, em virtude dos ganhos de determinada parcela da população, que em virtude do crescimento do terceiro setor (serviços), passaram a ocupar espaços relevantes entre a elite tradicional, ainda que sem o verniz cultural e histórico da burguesia quatrocentona.

Eram os “nouveau riche” , expressão francesa que se espalhou ao se referir à esses grupos de novos ricos.

O Brasil, por sua vez, não poderia passar incólume à essas questões sociais, e em contribuição “Sui Generis” à sociologia moderna, inovou e renovou a sociedade com a criação de um curioso tipo, o “novo pobre”.

E ele está por aí, livre, leve e solto.

Tal qual os emergentes, não tem cultura e conhecimento sobre a luta, a origem e as conquistas das classes trabalhadoras . Nem sobre seu real status social. Idiotizado pelo baixo nível de instrução formal, só consegue se informar através de grupos de Whatsapp dos quais participa (na verdade prefere ver imagens e vídeos).

Segue influenciadores de direita que repetem chavões de fácil compreensão sem nenhum aprofundamento ou seriedade intelectual.

Acredita que por ser motorista de aplicativo, está no caminho certeiro de se tornar milionário dono de transportadora, que por ter uma bodega na periferia da cidade, está mais próximo ideologicamente de um dono de rede de supermercados do que do seu vizinho CLT.

E para tanto defende políticos e políticas que atacam as classes sociais mais baixas. É contra o bolsa família e acha um absurdo “sustentar”, na sua visão, aqueles que se negam a trabalhar pois só querem receber bolsas e auxílios temporários de R$ 600,00.

Sem entender absolutamente nada sobre política econômica, imposto sobre a renda das classes dominantes, e benefícios a grupos econômicos que privatizam o lucro e socializam o prejuízo, se alia aos poderosos feliz e convicto de que está na vanguarda do positivismo transformador.

Enfim, reclama do SUS, fala mal dos feriados e endeusa blogueiros e blogueiras que reproduzem dancinhas e chavões enquanto se esbaldam nas festas e viagens bancadas pelos novos pobres.

O final dessa história não será saboroso. Quando mais velhos e sem tanta disposição pra trabalhar e sustentar aqueles que o exploram, terá a apoiá-lo apenas o SUS que ajudou a sucatear, e o INSS (pra quem não contribuiu) com proventos abaixo do mínimo necessário pra sua sobrevivência.

Triste fim aguarda o “novo pobre”.

Política é algo muito sério e de impactos poderosos na vida das pessoas. Tratar esse tema sem aprofundar as discussões e enfrentar as verdadeiras causas é perigosíssimo.

Melhor despertar antes!

E sobre sua ascensão social… eu conto ou vocês contam????

Artigo reproduzido do site: infonet com br

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