Emílio Odebrecht durante delação premiada (Reprodução).
Publicado originalmente no site da revista Veja, em 15 abr 2017
Procurador perde a paciência com Emílio Odebrecht durante
delação.
“Deixe de historinha, de conto de fada!”, disse o procurador
da República diante da naturalidade com que o empresário tratou os crimes de
corrupção
Por Da redação.
Depois de horas interrogando o empresário Emílio Odebrecht,
o procurador da República Sérgio Bruno Cabral Fernandes perdeu a paciência com
o descaso e a naturalidade com que o delator tratava os casos de corrupção e
financiamento ilegal de campanhas.
Emílio falava que a conta da Odebrecht para financiar
campanhas eleitorais movimentou 300 milhões de reais em seis anos. Os pagamentos
eram negociados com os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci.
O empresário disse que não sabia de detalhes do uso desse
dinheiro, mas que desconfiava que não era destinado apenas para campanhas, mas
também para uso pessoal. Sérgio Bruno então perde a paciência e pede que Emílio
“deixe de historinha, de conto de fada”. Disse que era “hora de jogar limpo”. O
procurador acusou os dois ex-ministros de terem cometido corrupção.
“Está na hora da gente dizer a verdade, de como a coisa suja
é feita. Não é possível um ministro da fazenda fique pedindo todo mês a um
empresário. Isso não é admissível. Por mais que a gente esteja acostumado com
isso, isso não é o correto e o senhor sabe disso”, disse o procurador,
interrompendo o depoimento. “O Palocci e o Mantega, na qualidade de ministros,
cada um em sua época, ao solicitar um valor a qualquer pessoa, cometeu o crime
de corrupção. Sou obrigado a trazer o lado podre, o lado ruim”, concluiu.
Texto, imagem e vídeo reproduzidos do site: veja.abril.com.br
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