Foto: Alô News
“Seja você a mudança que você quer para a sociedade”, diz o
pré-candidato ao Governo, Dr. Emerson
Uma de suas fundamentações é o choque de gestão e ser
propositivo diante dos problemas que se tem
Pré- candidato ao governo de Sergipe pela Rede
Sustentabilidade, o médico dermatologista, Dr. Emerson concedeu entrevista para
o portal Alô News, e durante o encontro foram discutidos vários assuntos
constituídos para defender propostas da nova política de Sergipe. Emerson
foi vereador de Aracaju por duas
legislaturas, teve uma surpreendente votação no pleito de 2016 quando foi
candidato a prefeito da capital e mantem viva a chama de renovar e mudar a
politica no nosso estado. Mesmo com o estado em crise, Dr. Emerson demonstra
uma vontade muito grande de mudança e espera que a sua futura adminstração se
caracterize pelas boas praticas e políticas públicas que tirem o estado da
crise.
Alô News (A.N): Quais suas ideias durante a sua candidatura
se tornando eleito?
Dr. Emerson: A gente precisa fazer em Sergipe um choque de
gestão, eu não acredito mais que essa disputa do poder para o poder que é a
origem da crise tenha respostas para esses problemas que a sociedade enfrenta.
E pra fazer isso precisa chegar ao poder com independência sem compromisso de
financiamento ilegal de campanha, sem alianças pragmáticas que loteiam os
espaços públicos e sem estabelecer uma relação de estabelecer uma relação de
toma lá da cá com o legislativo. Então isso é fundamental o choque de gestão e
ser propositivo diante dos problemas que nós temos. Então gestão pública
precisa ser política pública, ter prioridade na administração, precisamos fazer
o enxugamento da máquina, trabalharmos com plataformas colaborativas para
incentivarmos a participação da sociedade e termos uma coisa que falta aqui em
Sergipe, ter políticas de estado. Porque na disputa do poder pelo poder as
políticas são de governos e só visam o tempo do mandato, então a gente precisa
ter políticas que tenha uma visão pra médio e longo prazo e outra coisa que não
acontece na política em Sergipe em função do loteamento dos espaços públicos é
a falta de transversalidade no planejamento das políticas públicas e a falta de
interceptoraliedade na execução dessas políticaspúblicas uma vez que não existe
política média em longo prazo aqui no estado de Sergipe. Durante o processo
eleitoral se destina uma secretaria para cada partido e quando chegamao momento
do exercício do mandato essas secretarias funcionam como ilhas, e, por exemplo,
não tem como resolver a questão da segurança que hoje é um dos maiores
problemas aqui no estado de Sergipe sem que você tenha políticas que contemplem
para o enfrentamento dos problemas da segurança uma ação entre secretaria da
segurança, sim, isso também é uma questão de polícia, agora a gente precisa ter
integrada a essa busca de solução, a essa política de segurança do estado, a
saúde, a educação, assistência social, a cultura, o lazer, tudo isso precisa
estar integrado para que a gente faça o combate a esse problema da falta de
segurança pública. E também ter um governo que dialogue com a questão do
emprego e renda.
Alô News (A.N): Existe algum tipo de possibilidade de fechar
com outro grupamento político?
Dr. Emerson: Isso na política sempre existe porque política
é diálogo, agora nós temos limitações. O estatuto nosso e resoluçõesdo partido
rede sustentabilidade estabelece claramente, não faz alianças com partidos que
esteja vinculada a lava jatos, ou com políticos que estejam indiciados, que estejam
processados, que tenham sido condenados por improbidade, peculato, corrupção,
enfim... O partido rede por princípio não se alia a essas pessoas. Como está
difícil da gente encontrar pessoas com esse perfil, a gente restringe muito a
possibilidade de alianças, mas elas sempre existem isso é da política, os
partidos existem pra fazerem alianças que é outro aspecto importante, alianças
programáticas sem aquele pragmatismo de fazer o leilão dos espaços públicos.
Alô News (A.N): Já existe algum programa de governo capaz de
tirar Sergipe do ‘caos’?
Dr. Emerson: Isso é possível, e não é uma coisa pra longo
prazo. A solução existe, nós temos exemplos aqui no Brasil de estados que no
período de um governo conseguiram fazer enfrentamento de problema com gente da
segurança, então é preciso que haja um governo que chegue ao poder com
independência condição pra fazer isso, ou seja, governar para todos, fazer um
diálogo para a sociedade. O problema todinho é que é a disputa do poder pelo
poder. Quem chega, chega pensando em como continuar, é a visão patrimonialista.
Existem males que precisam ser corrigidos que eles estão na origem dos
problemas que a gente enfrenta. Então a visão patrimonialista, as pessoas
chegam ao poder e querem administrar como se aquilo fosse parte do patrimônio
deles e não é. Nós vamos acabar com essa história de autoridade e que a
população entenda essas pessoas que são escolhidas para os cargos como
servidores públicos, depois nós precisamos acabar com assistencialismo. Nós
temos hoje, um problema sério na saúde e é inadmissível que leitos
hospitalares, leitos em UTI, que vagas para cirurgias estejam sob o controle de
vereadores, de deputados, de pessoas que fazem o controle político da
secretaria da saúde, isso é inadmissível. A saúde tem que existir para garantir
direito à sociedade e atender a demanda espontânea da sociedade. Então são
essas coisas todas que temos que enfrentar sob pena de não resolvermos. O
básico aí é ter política pública de estado e a gente acabar com a
partidarização no exercício das políticas públicas e nós termos, romper, ter a
coragem e a independência pra romper com assistencialismo, com essa coisa de
serviços precários, mas a medida que eu faço por me dever favor eu vou
garantir o voto. É essa concepção, é
essa lógica de estado que nos coloca diante de todo esse problemae aí a gente
ver dificuldade, políticos que se predisponham a agir diferente, a fazer
diferente nesse cenário para que a gente encontre soluções.
Alô News (A.N): Cite os cinco principais problemas que o
senhor consegue enxergar do estado.
Dr. Emerson: Segurança, saúde, educação, emprego e renda e a
questão do funcionalismo público do estado de Sergipe.
Alô News (A.N): O que acha da real situação do estado?
Dr. Emerson: Tudo isso consequência dessa lógica. São
décadas do predomínio do poder, pelo poder e em consequência da produção dessa
crise, e nós não sairemos se reproduzirmos esses valores. Se o povo que tem
oportunidade agora nesse processo eleitoral eleger alguém que seja fruto dessa
prática, que adote essa prática, que esteja, por exemplo, nas campanhas com um
gasto muito alto, comprando votos e com campanhas caríssimas, esse não vai
resolver o problema, outro aspecto a população tema a possibilidade de fazer um
voto faxina tirando da política não só o imcompetente, mas tentando da política o político que busca na eleição salvo o
conduto, procura se esconder atrás do absurdo que existe aqui no Brasil que é o
foro privilegiado. A população tem primeiro que atuar como cidadãos e cidadãs
plenas de direito, fazendo com que analise em quem vai votar. Hoje existe até
aplicativos que a gente possa sondar bastante a vida dos políticos, analisar as
história desses políticos e verificar em que estar votando e acompanhar o
exercício desse mandato. Depois é não votar em que chegar oferecendo dinheiro,
vantagens de emprego e também pessoas que sejam fichas sujas. Essas pessoas têm
que ser tiradas da política para que ela possa responder pelos crimes que
praticaram, pelos crimes que eles estão sendo inclusive processadas, indiciadas
e o eleitor tem condição de não só como eleitor, mas como juiz fazer o
julgamento dessas pessoas que fazem da política um meio de vida de gente
desonesta e isso não são política é preciso acabar.
Alô News (A.N): Acha que tem condições de ganhar a eleição?
Dr. Emerson: Sempre, sim. Se não nem estaria nesse processo.
Agora qual o significado de ganhar? Ganhar como ao longo da vida a gente vai
ter que tomar decisões, a gente tem oportunidades né? Eu já tive pessoas que já
vieram me oferecer cargos, já tive pessoas que vieram me oferecer dinheiro e eu
jamais aceitei tudo isso. Por quê? Porque eu não posso imaginar na
possibilidade de ganhar uma eleição e perder meus princípios, porque quando eu
faço isso, eu abro mão dos meus princípios, é óbvio que se eu ganhar eu não
terei condição de mudar esse cenário, porque esse cenário é isso que a
população precisa entender ele é fruto dessa forma absurda de fazerem política
como eu tenho citado aqui pra você. É importante que a gente chegue com
independência pra fazer diferente e ganhar pra mim tem que cumprir essa
prerrogativa básica. Eu tenho que ter condição, tem que estar no grupo, tem que
estar junto com pessoas onde a gente tenha a fazer política com independência.
A gente pode até errar, mas vai fazer acreditando naquilo que a gente está
querendo fazer tendo um programa de governo discutido e dialogado com a
sociedade, um programa de governo colaborativo pra que a gente possa colocar em
prática e eu diria até, que é difícil quando analisa o cenário político
brasileiro está buscando pessoas que cheguem com essa condição de independência
no exercício do mandato. Ficam muito me perguntando, como é que o senhor, se o
senhor não fizer coligação, como é que vai administrar se não tiver maioria na
assembléia? Qual é o governante que deixou de ter maioria? A gente pode
encontrar um momento isolado de disputa política onde o governante até não
teve, mas o geral é o governante que tem maioria folgada, absoluta e, no
entanto a avaliação que a população faz desses governos é uma avaliação ruim. Então
ter maioria não significa que tem condição pra fazer, isso vai garantir uma boa
governabilidade e um bom governo, uma reentrega de serviço público de qualidade
pra população. Não essa maioria a gente ta vendo ela serve pra que? Pra manter
a estrutura de poder, quem precisa provar coisas erradas contra o interesse da
população precisa de um parlamento submisso. Então a relação é enviesada, é
isso que acontece na relação da política e é isso que a gente precisa mudar sob
pena de continuar pagando impostos muito caros e não receber um serviço público
de qualidade.
Alô News (A.N): Geração de emprego e renda, o que falar
sobre isso?
Dr. Emerson: Fundamental. Se você analisa Aracaju, um dos
maiores índices de desemprego do Brasil em relação às capitais. Quando você
analisa grande Aracaju estamos entre os 3 maiores índices de desemprego das
regiões metropolitanas aqui do Brasil, isso é muito ruim. Ai quando a gente
analisa para nossa escola e a gente percebe que nunca tivemos metade dos nossos
jovens de 17 anos matriculados nas escolas e veja que nós vivemos em um país
que diz que tem como meta que todo jovem de 17 anos deve ter concluído o ensino
médio. E quando a gente vai buscar esses jovens de 17 anos e percebe que nunca
tivemos metade dele na escola, isso significa que nós estamos muito longe dessa
meta. Então é a dificuldade do acesso a escola que isso é fundamental para que
a gente faça o enfrentamento da questão do emprego e renda. Quando a gente
analisa os que estão na escola aí a gente percebe, índice de evasão muito alto,
a qualidade e é o indicador que a gente tem tudo bem eu a gente não vai avaliar
a educação só por isso, mas o indicador que a gente tem é do INDEB, e de novo
nós somos os piores e quando avaliamos somente a escola pública é o pior INDEB
do Brasil. E quando a gente vai analisar nessa qualidade do que é produzido, se
existe uma integração de emprego e renda, ou seja, nós precisamos ter uma
educação integral. Eu estou falando de escola integral, que pode ser
desenvolvido tanto em um turno quanto em dois turnos. A educação integral é
aquela que visa à formação da pessoa, do cidadão e a preparação dessa pessoa e
desse cidadão para o mercado do trabalho, para a questão do emprego e renda. Ou
seja, nós precisamos ter no ensino médio a vinculação do aprendizado de uma
profissão e aí precisaríamos ter uma integração com a nossa sociedade pra ver
qual é a demanda que existe na sociedade para que a gente preparasse esse jovem
na escola ele possa sair da escola e ter condição de emprego e renda com uma
remuneração digna e que não haja uma defasagem tão grande como existe hoje no
cenário entre aquela profissão de nível médio e a profissão de nível superior
fazendo com que fique sem expectativa de fazer uma faculdade. E hoje o que e
que nós temos? Uma saturação no mercado de pessoas com nível superior e que não
conseguem e entrar no mercado de trabalho. É preciso que a gente tenha
respostas pra tudo isso.
Alô News (A.N): O senhor acabou de falar com relação a
emprego e renda. O que o senhor faria se tornando governador diante da
segurança pública do nosso estado?
Dr. Emerson: Primeira política de segurança pública, como
política de estado e a gente precisaria nesse caso fazer um planejamento.
Primeiro vale uma observação, qualquer planejamento de segurança dos
estados depende de um plano de segurança
nacional, porque se agente no estado tiver uma política efetiva com
possibilidade de efetividade, de eficácia, de eficiência, nós vamos ter
dificuldade, por quê? Porque a política nacional de segurança é uma política
inefetiva. Nós precisamos cuidar bem de nossas fronteiras e isso é um plano de
segurança nacional que vai cuidar da questão das armas e das drogas, é
fundamental que a gente pare o enfrentamento da segurança tem isso. Agora, nos
estados, nós precisamos ter uma política de segurança que cuide da repressão,
isso também é importante, que cuide da prevenção, aí a gente já começa a ter
deficiência na política da segurança do estado de Sergipe, a uma deficiência no
que existe de política de segurança com relação à prevenção da violência e aí
nós precisamos dialogar com a sociedade e estabelecer um plano de segurança
para o estado de Sergipe de médio, longo prazo e que agente avalie as questões
dos recursos humanos e das condições para desenvolver essa política. Agora que
ela seja uma política integrada, uma política com interceptorialidade como eu
já disse, onde envolva. Temos que se discutir a questão da educação, com uma
educação integral que vise também uma preparação do cidadão, mas para o mercado
também, para a questão do emprego e renda que o capacite. Nós precisamos ter
uma ação social que interaja que faça parte dessa política de segurança, e mais
a cultura, lazer, precisamos prestigiar nossos artistas, precisamos enfrentar
tudo isso como uma forma de política pública para o enfrentamento da questão da
violência que insisto, não pode ser tratado apenas como uma questão de polícia
e muito menos pensando que vamos armar a população que a gente vai resolver
essa parada. Isso é um equívoco, nós não resolveremos dessa forma.
Alô News (A.N): Qual a composição que o partido Rede tem
hoje?
Dr. Emerson: A Rede é constituída de seus filiados, da sua
militância. Nós temos hoje centenas de filiados aqui em Aracaju, a rede
sustentabilidade existe em função do seu planejamento estratégico em mais de 40
municípios e nós temos como meta que até o final do ano e esse processo
eleitoral vai ser importante pra isso, que a gente existe enquanto partido em
todos os municípios sergipanos. Esse é o nosso desafio, é a tentativa. Mas
criando uma identidade partidária pra que a gente não se confunda, ou não seja
confundido na nossa prática com o que existe aí de políticas que estão dentro
da caixinha num cenário de disputa do poder, pelo poder e com aquelas práticas
que nós já mencionamos. Então a gente quer construir uma alternativa política
para Sergipe, mas que tenha identidade própria, que a população identifique
como algo que é diferente, que identifique com a possibilidade da mudança aqui
para o estado de Sergipe.
Texto e imagem reproduzidos do site: alonews.com.br
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