quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

ONU: Índia brasileira ganha Prêmio de Direitos Humanos

Joênia Wapichana Foto: Reprodução Facebook

Publicado originalmente no site Pleno News Brasil, 18/12/2018

ONU: Índia brasileira ganha Prêmio de Direitos Humanos

Joênia Wapichana também é a primeira indígena a ser eleita deputada federal

A Assembleia Geral da ONU entregou nesta terça-feira (18) o Prêmio de Direitos Humanos das Nações Unidas à brasileira Joênia Wapichana, primeira indígena a ser eleita deputada federal na história do país.

Em uma sessão realizada para comemorar o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, destacou que os premiados têm em comum a ideia de que um futuro melhor é possível.

– As ações importam, sempre podemos fazer a diferença – disse Espinosa, que pediu aos defensores de direitos humanos para não baixarem a guarda na luta por um mundo melhor.

Sobre Wapichana, integrante da tribo de mesmo nome, no norte do Brasil, Espinosa destacou o fato de a ativista ter sido escolhida como a primeira presidente da Comissão Nacional para a Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas.

INDÍGENA DEPUTADA FEDERAL

Wapichana tornou-se neste ano a primeira mulher indígena a ser eleita para a Câmara dos Deputados. Candidata pelo estado de Roraima, a futura parlamentar recebeu 8.491 votos nas eleições realizadas em outubro.

Em entrevista à Agência Efe, a ativista brasileira estabeleceu como objetivo de seu mandato trabalhar na defesa da garantia dos direitos constitucionais para conter várias propostas contrárias aos povos indígenas em tramitação no Legislativo.

– É muito importante receber esse reconhecimento porque no Brasil, neste momento, continuamos sofrendo um implacável ataque contra nossos direitos e nossa herança cultural – disse Wapichana depois de ser premiada na sede da ONU, em Nova York.

Além disso, a futura deputada pediu que a comunidade internacional apoie os povos indígenas para que eles possam manter seus direitos sobre as terras por eles habitadas.

O Prêmio de Direitos Humanos da ONU é concedido a cada cinco anos desde 1963. São premiados indivíduos e organizações que contribuem para a promoção dos artigos previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Também foram agraciadas hoje a ativista Rebeca Gyumi, que luta pelos direitos das mulheres na Tanzânia, advogada paquistanesa Asma Jahangir, morta em fevereiro deste ano, e a Front Line Defenders, uma organização irlandesa que trabalha para proteger defensores de direitos humanos.

*Com informações da Agência EFE.

Texto e imagem reproduzidos do site: pleno.news

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