terça-feira, 1 de janeiro de 2019

O que os jovens querem para o futuro?


Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA

O que os jovens querem para o futuro?

REPORTAGEM ESPECIAL

Por Tanuza Oliveira

Geração atual mantém papel questionador e transformador, mas sofre muita pressão familiar e social 

Aos 18 anos, Erika Vitória Moura Pereira está se preparando para prestar Vestibular e, com ele, decidir o que fará pelo resto da vida - ou não. Escolher o curso, pesar os prós e os contras, agradar a família, preparar-se para a prova. Tudo isso marca o início de um dos períodos mais complexos da vida: a juventude.

O fato é que, aos jovens, sempre foi atribuída a responsabilidade de mudar as coisas e lutar por uma sociedade mais justa. Foi assim durante o Movimento “O petróleo é nosso”, as “Diretas Já” e os “Caras Pintadas”, por exemplo.

Atualmente, como mostram as mobilizações de 2013, 2016 e agora de 2018 durante a campanha eleitoral, os jovens mantêm o papel questionador e continuam fazendo história. Mas o que é ser jovem? Essa definição compreende os mesmos requisitos que há 10, 20 ou 50 anos? Se não, o que mudou? Se sim, quais são eles? Em resumo: quem é o jovem de hoje e o que ele quer?

Um dos momentos mais emblemáticos dos estudantes brasileiros foi a campanha
 "Fora Collor", mais conhecida como “Caras Pintadas”

PENSAR NO COLETIVO

Para a estudante Raphaela Maza, de 22 anos, o jovem de hoje é aquele que sempre quer mais. “Acredito que temos honrado a responsabilidade de mudar as coisas, lutar por uma sociedade mais justa. Mas que podemos mais. Esse ano, pudemos observar de perto o crescimento disso. Jovens que nunca tinham participado de manifestações, que não fazem parte de nenhuma organização, se juntando nas ruas e gritando juntos por aquilo que lutam e acreditam”, diz Raphaela.

Raphaela Maza foi uma das coordenadoras do Movimento Ele Não em Sergipe - contra Jair Messias Bolsonaro, presidente eleito pelo PSL. “Fui uma das administradoras da página no instagram @elenaosergipe, fiz panfletagens, oficinas de cartazes e participei da organização dos atos que tiveram em Aracaju”, lembra.

Jovem atuante, Raphaela Maza encabeçou o movimento por acreditar que o então candidato representava uma ameaça para a democracia. Além disso, Raphaela também entende que é preciso sair do lugar-comum e pensar no coletivo. “Precisamos sair da nossa caixinha e lembrar que nossa realidade não é a mesma dos outros, além de viver numa sociedade mais igualitária, que ninguém sofra apenas por ser quem é”, ressalta.

Para Raphaela, o jovem de hoje precisa entender sua importância nas causas coletivas. “Acredito que a mudança vem justamente pelo coletivo, um ajudando o outro, dando forças e encorajando a lutar pelo que acreditamos”, reforça. Taíres Santos, 26 anos, ex-diretora da União Nacional dos Estudantes – UNE –, suplente de deputado estadual, concorda com essa necessidade.

Raphaela Mazza também foi às ruas e coordenou o Movimento “Ele Não”

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Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br

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