Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA
O que os jovens querem para o futuro?
REPORTAGEM ESPECIAL
Por Tanuza Oliveira
►Geração
atual mantém papel questionador e transformador, mas sofre muita pressão
familiar e social
Aos 18 anos, Erika Vitória Moura Pereira está se preparando
para prestar Vestibular e, com ele, decidir o que fará pelo resto da vida - ou
não. Escolher o curso, pesar os prós e os contras, agradar a família,
preparar-se para a prova. Tudo isso marca o início de um dos períodos mais
complexos da vida: a juventude.
O fato é que, aos jovens, sempre foi atribuída a
responsabilidade de mudar as coisas e lutar por uma sociedade mais justa. Foi
assim durante o Movimento “O petróleo é nosso”, as “Diretas Já” e os “Caras
Pintadas”, por exemplo.
Atualmente, como mostram as mobilizações de 2013, 2016 e
agora de 2018 durante a campanha eleitoral, os jovens mantêm o papel
questionador e continuam fazendo história. Mas o que é ser jovem? Essa
definição compreende os mesmos requisitos que há 10, 20 ou 50 anos? Se não, o
que mudou? Se sim, quais são eles? Em resumo: quem é o jovem de hoje e o que
ele quer?
Um dos momentos mais emblemáticos dos estudantes brasileiros
foi a campanha
"Fora Collor", mais conhecida como “Caras Pintadas”
PENSAR NO COLETIVO
Para a estudante Raphaela Maza, de 22 anos, o jovem de hoje
é aquele que sempre quer mais. “Acredito que temos honrado a responsabilidade
de mudar as coisas, lutar por uma sociedade mais justa. Mas que podemos mais.
Esse ano, pudemos observar de perto o crescimento disso. Jovens que nunca
tinham participado de manifestações, que não fazem parte de nenhuma
organização, se juntando nas ruas e gritando juntos por aquilo que lutam e
acreditam”, diz Raphaela.
Raphaela Maza foi uma das coordenadoras do Movimento Ele Não
em Sergipe - contra Jair Messias Bolsonaro, presidente eleito pelo PSL. “Fui
uma das administradoras da página no instagram @elenaosergipe, fiz
panfletagens, oficinas de cartazes e participei da organização dos atos que
tiveram em Aracaju”, lembra.
Jovem atuante, Raphaela Maza encabeçou o movimento por
acreditar que o então candidato representava uma ameaça para a democracia. Além
disso, Raphaela também entende que é preciso sair do lugar-comum e pensar no
coletivo. “Precisamos sair da nossa caixinha e lembrar que nossa realidade não
é a mesma dos outros, além de viver numa sociedade mais igualitária, que
ninguém sofra apenas por ser quem é”, ressalta.
Para Raphaela, o jovem de hoje precisa entender sua
importância nas causas coletivas. “Acredito que a mudança vem justamente pelo
coletivo, um ajudando o outro, dando forças e encorajando a lutar pelo que
acreditamos”, reforça. Taíres Santos, 26 anos, ex-diretora da União Nacional
dos Estudantes – UNE –, suplente de deputado estadual, concorda com essa
necessidade.
Raphaela Mazza também foi às ruas e coordenou o Movimento
“Ele Não”
Clique no link abaixo, para continuar lendo
Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário