domingo, 17 de dezembro de 2017

Desigualdade Social no Brasil e no Mundo


Texto publicado originalmente no Portal sua Escola, em 27 de janeiro de 2017 

Desigualdade Social no Brasil e no Mundo

Como desigualdade social podemos entender a diferença de poder aquisitivo entre as classes econômicas de um determinado país. A consequência direta da desigualdade social, principalmente nos países menos desenvolvidos é a pobreza.

No entanto, podemos desmembrar a desigualdade social em diversos aspectos, envolvendo desde desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho até a desigualdade de escolaridade. A desigualdade social, no conjunto, transforma-se quase sempre na desigualdade econômica, marcando a distribuição desigual de rendas.

Em nosso país, a desigualdade social é uma das características mais importantes, já que somos um dos piores países do mundo neste tipo de diferença entre as classes sociais. Embora tenhamos tido a oportunidade de, há alguns anos, sermos considerado a oitava potência econômica do mundo, também estávamos carregando a tocha de oitavo país com maior índice de desigualdade econômica.

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL EM 2016 – ARGUMENTOS

Para muitos estudiosos, a desigualdade social no Brasil remonta ao Brasil Colônia, antes do Império, quando tínhamos 3 pilares que estratificavam a população brasileira, apoiando a desigualdade econômica: a influência dos colonizadores, os padrões de títulos de posse de latifúndio e a escravidão.

Essas 3 variáveis foram de forte contribuição para que a desigualdade social se tornasse um grave problema brasileiro, persistindo através dos tempos e ganhando maior relevância principalmente em virtude do processo de modernização que ocorreu no Brasil a partir da Proclamação da República.

Com o desenvolvimento ocorrido no Brasil enquanto nação, cresceram também os índices de miséria, de diferenças entre as classes sociais, de dificuldade de acesso à educação e à saúde, criando uma grande concentração de renda, gerando desemprego, aumentando a fome e a miséria que atinge, até hoje, milhões de brasileiros, condições que não podem ser relegadas a segundo plano quando estamos vivendo no século XXI.

Com o tempo, a desigualdade social sempre tende a aumentar. Para os provenientes de famílias mais pobres, existem menos chance de obter níveis mais altos de educação. Possuindo níveis inferiores de escolaridade, essas pessoas têm menos probabilidade de conseguir uma posição melhor na sociedade, de ter uma profissão de prestígio e conseguir melhor remuneração.

Muito embora os últimos governos tenham criado ações para reduzir a desigualdade social, o caminho a percorrer ainda é longo, necessitando de constante atenção com relação às providências de fornecer escolaridade, segurança e saúde, uma situação que estamos vendo, durante a crise que estamos passando, criar um processo de regressão e não de avanço.

DESIGUALDADE SOCIAL: COMBATER É DEVER DE TODOS

A desigualdade social deixou de ser, não só no Brasil como no mundo todo, uma responsabilidade de cada governo, cabendo também às entidades de cunho universal atitudes que possam combater a fome e a miséria, num primeiro momento.

É preciso pensar em investir nas pessoas para que tenham condições de competir em igualdade de condições no mercado de trabalho e esse trabalho não pode ser feito em apenas uma geração.

Enquanto analisamos a situação brasileira, vemos que, dos 204 milhões de pessoas, apenas uma pequena quantidade, ou menos de 20%, possui hoje condições de educação e padrão de vida que podem ser comparados a países desenvolvidos. Os outros 80%, ou a maioria da população encontra-se em níveis mais modestos, podendo em alguns casos ser comparados aos padrões africanos.

Como consequência da desigualdade social, temos os grandes problemas que nos afetam diretamente, podendo ser vistos a toda hora e todo momento:

Aumento das favelas nas grandes cidades, com proliferação nas cidades do interior;

Crescimento de fome e de miséria em todos os centros urbanos;

Aumento da mortalidade infantil, do desemprego e da criminalidade;

Crescimento de classes sociais de menor poder aquisitivo;

Atraso no desenvolvimento econômico da nação;

Dificuldade de acesso a serviços básicos de saúde, transporte público, saneamento básico e educação.

Como sociedade, o Brasil deve entender que, sem um efetivo Estado democrático, não teremos condições de combater ou reduzir a desigualdade social entre nós. Cabe ao conjunto da sociedade criar meios para o desenvolvimento social e estabelecimento de um conjunto de regras que possam minimizar a desigualdade social.

Texto reproduzido do site: portalsuaescola.com.br

Um comentário:

  1. Desigualdade Social no Brasil

    Apesar de ser um país rico em recursos naturais e com um PIB (Produto Interno Bruto) figurando sempre entre os 10 maiores do mundo, o Brasil é um país extremamente injusto no que diz respeito à distribuição de seus recursos entre a população. Um país rico; porém, com muitas pessoas pobres, devido ao fenômeno da desigualdade social, que é elevado.

    Pesquisadores da área social e econômica atribuem essa elevada desigualdade social no Brasil a um contexto histórico, que culminou numa crescente evolução do quadro no país.

    Mesmo sendo uma nação de dimensões continentais e riquíssima em recursos naturais, o Brasil desponta uma triste contradição, de estar sempre entre os dez países do mundo com o PIB mais alto e, por outro lado, estar sempre entre os 10 países com maiores índices de disparidade social.

    Dados da Desigualdade

    Em um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas), que foi divulgado em julho de 2010, o Brasil aparece com o terceiro pior índice de desigualdade no mundo e, em se tratando da diferença e distanciamento entre ricos e pobres, fica atrás no ranking apenas de países muito menores e menos ricos, como Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia e África do Sul.

    A ONU mostra ainda, nesse estudo, como principais causas de tanta desproporcionalidade social, a falta de acesso à educação de qualidade, uma política fiscal injusta, baixos salários e dificuldade da população em desfrutar de serviços básicos oferecidos pelo Estado, como saúde, transporte público e saneamento básico.

    Teóricos brasileiros, pessoas e instituições que estão à frente de iniciativas que visam diminuir, e quem sabe, acabar com o problema da desigualdade no Brasil, apontam uma difícil fórmula que deve aliar democracia com eficiência econômica e justiça social como uma solução viável para o problema.

    Texto reproduzido do site: desigualdade-social.info

    ResponderExcluir