Publicado originalmente no site JLPolítica, em 5 de janeiro de
2019
Luciano Correia: “A nossa comunicação é verdadeira e sem
pirotecnia”
► “A esquerda tem que se reinventar em outras bases teóricas e
práticas”
Luciano Correia - o intelectual, o professor, o militante
político, o jornalista -, nunca foi uma unanimidade entre os pensantes
sergipanos. Sobretudo quando em foco esteve o jornalista.
Iconoclasta, sempre se fez companheiro de um estilingue
verbal com o qual estilhaçou tantas reputações alheias que, visto hoje aos 57
anos – fará 58 em abril -, algum desavisado poderia até se surpreender com
tamanho acolhida profissional à pessoa dele na vida do Estado e fora daqui.
Só para começo de conversa, Luciano Correia é o único
sergipano - ele nasceu em Macambira, mas muita gente o tem como um
itabaianense, onde sentou praça desde cedo - a ter chegado ao posto de
secretário de Comunicação Social do Governo de Aracaju por quatro vezes. Claro
que isso não é pouco.
Mas foi repórter e editor da TV Sergipe, trabalhou na
Sucursal da Tribuna da Bahia aqui, foi repórter de Política no Jornal de
Sergipe, dirigiu afiliada de Globo e depois do SBT em São Luis, no Maranhão,
superintendeu a Fundação Aperipê em Sergipe e durante toda sua vida, e paralelo
a isso, tudo foi colaborador da doida Folha da Praia de Amaral Cavalcante
Pois é: para bem além das notáveis rebeldias que Luciano
Correia cultivou e distribuiu - tem fama de raivoso, mas parece ficar somente
na epiderme -, houve uma preparação acadêmica e humanista nele levada bem a
sério, ao ponto de em 2012 ter concluído um doutorado em Comunicação Social já
como professor da Universidade Federal de Sergipe.
E é desse Luciano Correia que emana a política de
Comunicação Social para as demandas do Governo de Aracaju sob a gestão de
Edvaldo Nogueira desde o dia 1º de janeiro de 2017. E nesta Entrevista
Domingueira o leitor vai encontrar um Luciano muito focado no campo das
observações políticas.
Mas não somente na esfera da comunicação de um Governo com
as pessoas de um lugar governando por alguém - embora nessa ele produza
excelentes reflexões, como a que quer dissipar a antiga relação de amor e ódio
entre comunicação pública, oficial, produzida por assessorias de Governos ou de
políticos e aquelas particulares, vindas se empresas de comunicação do mercado
aberto.
“Não sei se esses profissionais do que você chama de mercado
aberto entendem ou não. Talvez alguns deles estejam presos a preconceitos
antigos, o que é uma pena, porque o mundo da comunicação mudou para todos os
lados do balcão e eles não enxergam isso. Têm que ver como nosotros, da
comunicação pública, nos profissionalizamos e nos cercamos de normas éticas tão
rígidas quanto - ou mais - que as dos setores do mercado privado”, diz.
E aqui, nesse campo das “normas éticas tão rígidas”, a Secom
de Aracaju, pondera Luciano Correia, tem uma orientação bem cuidadosa e
específica: a de dar de cotovelada na pirotecnia noticiosa. “Nosso trabalho na
Secom se baseia estrita e caninamente na realidade”, diz ele.
E aprofunda a definição disso. “O prefeito Edvaldo Nogueira
diz todo dia que não quer uma comunicação lastreada em maquiagens ou
maquinações que adulterem a realidade. Ele diz que quer objetivamente que seja
comunicado tão somente aquilo que ele e seu Governo efetivamente realizaram. E
isso é respeitado rigorosamente por nós da Secom. A nossa comunicação é
verdadeira e sua eficácia, antes de ser comprovada por pesquisas científicas,
vem da população, do povo verdadeiro, de carne e osso, que eu conheço e encontro
diariamente na periferia de Aracaju”, diz Luciano.
Nesta Entrevista, o jornalista e secretário Luciano Correia
vai falar, ainda, de política geral. Ele dirá que não vê espaço para uma
ruptura entre o PCdoB de Edvaldo Nogueira e o PT na sucessão de Aracaju 2020. E
jura que a antecipação da sucessão não está na pauta de Edvaldo.
“O prefeito Edvaldo Nogueira, acredite você, trabalha com o
seguinte objetivo: de que no dia 31 de dezembro de 2020 ele esteja na condição
de um excelente gestor para gozar da aprovação popular, que é sua maior
riqueza. Fazer uma excelente gestão e estar de bem com o seu povo, esta é a
perspectiva - nada mais. Seja para desfrutar fora da vida pública da reputação
de um dos maiores prefeitos da história de Aracaju, seja para desafios que só o
tempo, na sua certeira imprevisibilidade, será capaz de dizer”, diz.
Luciano Correia opina, ainda, sobre a necessidade de as
esquerdas se unirem num projeto de Brasil. “A chamada esquerda tem que se
reinventar em outras bases teóricas e práticas e, creio eu, quase nenhum dos
atores políticos da praça compreendem essa urgência. É uma pena, porque a
persistência desse erro nos custou e vai custar muito caro”, diz.
Desde o dia 1º de janeiro de 2017, toca a Comunicação Social
da
gestão de Edvaldo Nogueira na PMA
Luciano Correia nasceu no dia 16 de abril de 1961 em
Macambira, é um dos seis filhos de João Correia dos Santos e de Josefa Afra
Correia. É pai de Fernando Barbosa Oliveira Correia, de 29 anos, e marido da
nutricionista Aline Souza Correia - que não é a mãe de Fernando - e antes das
pós-graduações, teve praticamente três escolas: o Colégio Murilo Braga, na
“sua” Itabaiana, onde fez os ensinos fundamental e médio, e as Universidades
Federais de Sergipe e da Bahia – UFS e UFBA.
Na primeira, ele fez dois anos e meio de Engenharia Química
- ele e Carlos Cauê, que é onde se conhecem e travam uma amizade que dura até
hoje - e na segunda, bacharelou-se em comunicação Social.
“Foram quase quatro anos e a Bahia, eu digo sempre, me deu
régua e compasso para ser o que eu fui - se é que fui alguma coisa. Eu conheci
uma Bahia grandiosa”, recorda ele.
Mas o brigão hoje quase domado Luciano Correia não perde o
pé da gratidão à sua base de origem. “O Murilo Braga foi onde eu cresci. Eu
entrei menino, com dez anos, e saí com 17. Com 15 anos, eu virei um
empreendedor: fundei ali um jornal, o Cebolão, que chegou a tirar 1.300
exemplares. Ou seja, tem jornais aí hoje que não chegam a tanto”, diz.
Por tudo isso, vale a leitura desta Entrevista com ele.
Boa aventura... *
Nasceu no dia 16 de abril de 1961, em Macambira
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Texto e imagens reproduzidos do site: jlpolitica.com.br
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