Publicado originalmente no site JLPOLÍTICA, em 01 de fevereiro de 2019
Chega das mesmas caras com as mesmas
práticas
Por Alessandro Vieira (Senador).
Os brasileiros deram nas últimas eleições um recado
claríssimo para os políticos tradicionais: chega das mesmas caras, com as
mesmas práticas, condenando o país ao eterno atraso.
Dezenas de figuras notórias foram ejetadas da vida pública,
muitas delas aguardando a próxima visita do camburão da Polícia Federal. No
Senado, 47 novos parlamentares foram eleitos, na maior renovação da história.
O primeiro desafio imposto é a eleição do presidente da
casa, e os milhões de eleitores que apostaram na esperança da mudança aguardam
respostas.
O MDB, partido de maior bancada, por apertada margem de
votos, virou as costas para a renovação e apostou no extremo oposto: Renan
Calheiros. Presidente do Senado em 4 outras oportunidades, alvo de mais de uma
dezena de investigações, parceiro de governos diversos. Não se trata de
questionar a pessoa do senador alagoano, mas sim de apontar o paradoxo da sua
perenidade em tempos de mudanças.
A sociedade vai cobrar e a história terá o registro do que
fizeram os depositários da esperança de renovação em sua primeira batalha.
Da minha parte, no primeiro dia em que piso no Senado
Federal na condição de representante do pequeno estado de Sergipe, só cabe
fazer exatamente aquilo que esperam os eleitores, exatamente aquilo que afirmei
em toda a campanha, exatamente o que fiz em toda a minha vida: lutar para que
as coisas mudem de verdade no Brasil.
Não voto em Renan Calheiros. Não voto em ninguém com seu
perfil.
Até o último instante estarei buscando apoiar um candidato que
possa vencer a disputa e garantir a alternância no comando da casa.
O resultado da eleição saberemos nesta sexta, mas,
independentemente dele, sei que cumpri o meu dever.
E a história vai registrar isto.
Texto e imagem reproduzidos do site: jlpolitica.com.br
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