terça-feira, 30 de abril de 2024

Bolsonaro seguido por quem acredita nele e pelos que querem usar sua imagem

Publicação compartilhada do site FAN F1, de 28 de abril de 2024 

Bolsonaro seguido por quem acredita nele e pelos que querem usar sua imagem; PL Sergipe reprovado

Por Narcizo Machado e colaboração de Diego Rios

Um bom público, mas nada extraordinário diga-se de passagem, esteve presente em todos os atos de recepção ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro em Aracaju. Todos apoiadores do bolsonarismo? Ou utilizadores da imagem de Bolsonaro? Há diferenças. Vejamos.

Comecemos pelos dois parlamentares mais radicais. Estamos falando de Rodrigo Valadares e Luizão Dona Trampi. Quantas candidaturas defensoras do bolsonarismo eles conseguiram construir em todo o Estado? Quantos diretórios do PL, ou grupos de bolsonaristas eles formaram? É simples, o bolsonarismo é virtual, se espalha sem precisar de estudo ou convivência social.

Rodrigo preocupou-se com um projeto pessoal, como todo patrimonialista ele fará da esposa vereadora de Aracaju. E digo fará, porque é impossível, com tantos depoimentos efusivos da família Bolsonaro, que ela não esteja entre as primeiras colocadas.

Bolsonaro não fez para Emília e Clécia de Socorro, o que fez por Moana, por exemplo. Para Bolsonaro, em Sergipe só existe o sobrenome Valadares. O resto é resto e ponto final. Que me desculpe Lúcio Flávio, que se esforça na defesa do ex-presidente desde 2018, quando Rodrigo surfava no apoio do PT e setores do MST, mas todos os esforços empenhados até aqui, em nada serviram para criar uma relação com o ex-presidente. O poder é cruel! E certos políticos só gostam do poder.

Fechando a análise dos fanáticos, pois é isso que são, Rodrigo que se elegeu com apoio do MST e de Rogério Carvalho em 2018, esse sim acredita ou faz bem o papel que acredita, nos devaneios de Bolsonaro. Luizão Dona Trampi, que deixou a vida de mecânico para um mandato na Alese, segue a mesma linha patrimonialista. Bom lembrar, que a família do coordenador de sua campanha compõe sua assessoria quase que por completo.

Existem os que não apoiam os devaneios do bolsonarismo e sua sanha golpista, entre eles os que lá estavam ontem: Laércio Oliveira, Emília Corrêa, Valmir de Francisquinho, Ícaro de Valmir, Marcos Oliveira e tantos outros. Estes querem e precisam usar a imagem de Bolsonaro. Afinal, 30% do eleitorado é uma fatia significativa para se desperdiçar.

Por fim, as imagens são claras e não negam. Os bolsonaristas radicais de Sergipe não engolem o PL de Sergipe. Formado por políticos tradicionais e por novos aventureiros, o partido teve sua reprovação comprovada no ato da última sexta-feira. O público que esteve no aeroporto e na Orla, não foi o mesmo que esteve na frente da sede do partido. Qual terá sido o motivo? Cansaço? Difícil acreditar. O que existiu foi uma verdadeira reprovação. Aguardemos outubro.

NOTAS DA SEMANA

Falta de Michelle

A ausência de Michelle Bolsonaro nessa visita do ex-presidente a Aracaju deu o que falar. Há quem diga que não houve problemas de saúde e sim, uma divergência entre a coordenação do PL e a assessoria da ex-primeira-dama. O fato é que, o volume das atividades diminuíram e a adesão das mulheres não foi a mesma.

Bolsonaro no sábado

Ontem, o ex-presidente visitou o mercado de Aracaju, antes de ir em Socorro, esteve na sede da empresa Havan e almoçou com aliados e convidados na casa do ex-deputado federal pelo PT, João Fontes. Em todos os locais, Bolsonaro foi recepcionado por um bom volume de fãs e aliados.

Emília e Clécia sem declarações

As pré-candidatas, Emília Corrêa em Aracaju e Clécia Carvalho em Socorro, saíram sem um pedido de apoio expresso do ex-presidente. Ambas participaram de vários momentos, mas foram tratadas como ‘comuns’. Sorte só teve Moana.

Emília de leve

Cumprindo seu discurso de que a eleição de Aracaju não passa pela polarização e sim pela discussão da cidade, a pré-candidata Emília Corrêa não fez mobilização extensa pró-Bolsonaro, como também privilegiou nas suas redes sociais imagens de seus contatos com o povo. O ex-presidente foi coadjuvante. Tem razão Emília, Bolsonaro foi pouco carismático com ela.

Erro de Bolsonaro

O erro do ex-presidente é privilegiar apenas os Valadares. Há membros da direita e adeptos ao bolsonarismo que são anteriores a eles e que ficam à margem das declarações da família Bolsonaro. Erro total!...

Texto e imagens reproduzidos do site: fanf1 com br

Nenhum comentário:

Postar um comentário