sexta-feira, 20 de setembro de 2024

'Repelindo cadeiradas', por Odilon Machado


Imagem (Reprodução/Band) postada pelo blog 'Ideias & Lideranças', para simples ilustração do presente artigo.

Artigo publicado originalmente no blog INFONET, de 19 de setembro de 2024 

Repelindo cadeiradas.
Por Odilon Machado (blog Infonet)

Volto ao tema da disputa para a Prefeitura de São Paulo capital, porque virou debate nacional.

Esperava-se que houvesse na Paulicéia um desvairado confronto entre os apaniguados de Lula, o Presidente petista, hoje representado pelo Psolista, Guilherme Boulos, e aqueles que bem ou mal seguem pelas ruas o Ex-Presidente mais-amado do Brasil: o “capitão-de-pijama”, Jair Messias Bolsonaro, que, filiado à liberal sigla, PSL, embandeirado está com o inexpressivo candidato a reeleição, o Prefeito Ricardo Nunes.

Ninguém esperava que na competição cedo amanhecida, ocorreria algo de novo na paulistana contenda, mesmo porque os outros candidatos: o apresentador de vasto Ibope, José Luis Datena, e a terna garota, Tábata Amaral, não ensejavam polarização por surpresa.

Todavia, a surpresa veio.

O candidato Pablo Marçal, um coach ou “ex-coach”, assim aviltado e desprezado, inscrito num partido nanico, o PRTB do baixinho bigodudo, Levy Fidelix, folclórico defensor do aero trem em campanhas presidenciais bisonhas, justo no menor partido  entre todos concorrentes, sem tempo algum na TV e nenhum programa eleitoral, dito gratuito; candidato desprovido de um padrinho e lutando, em duelo contra tudo e todos com as próprias mãos e dedos sozinho, como ninguém o pensaria ter qualquer chance de angariar meia dezena de votos…

E contra a velha imprensa, inclusive, sempre isolado e escanteado, em abundante desarrimo, só com as armas do seu existir, somente…

Armas, com as quais no seu dizer, vencera a pobreza e conseguira acrescer vasto patrimônio, em fortuna de bilhões e não milhões, segundo o seu agir exposto ao Sol e em treva ao desabrigo, e sem negar os seus erros próprios, juvenis cometidos, enodoando-o para sempre, até por condenações exaradas e prolatadas em seu desfavor…

Condenações que lhe não restaram, por final, transitadas em julgado, porque a justiça é assim, lenta, imprecisa e pouco acreditada,,,

E o tempo lhe conferiu a prescrição da pena, por inimputabilidade do erro menor cometido, algo que em política nunca o irá, jamais, perdoar, embora a outros bem caiba a alforria, por “des-condenação”, em figura nova, do filigrano argumento processual, só por estranha troca de destino, em patranho desfecho sem nenhum desafino denunciado.

Em outras vias e em bom ou mal desatinos, a presença de Pablo Marçal tem sido amplamente denunciada porque tem colocado, completamente zonzos, todos os demais candidatos, aí incluídos os seus torcedores espalhados e desarrimados Brasil a fora, e São Paulo, dentro e fora, derrubando-os todos nos argumentos das suas ideias expostas, sendo rápido, objetivo e certeiro, despertando-lhes o umbigo real de cada um, tirando-os do sério, e os desmascarando.

Nos seus embates, Marçal vem utilizando comparações nunca ilícitas, mas jocosas e xistosas  em apelidos recorrentes, como o do “bananinha”, ao Prefeito Nunes, por sua administração inócua e inoperante, o da candidata, nada angelical, Tábata Amaral, chamando-a pejorativamente de “chatábata”, e desfigurando-a como mocinha em inocente pose de  açucena…

E até zurrar a cena contracenando e trocando o nome de Boulos, por “Boules”, ironizando-o enquanto “comedor de açúcar”, insinuando-lhe, dele simpatia pela liberação do consumo de drogas e o seu cultuar tribal, por linguagem neutra Woke, em vasto desprezo e menosprezo aos “filhes dessa terre” no hino pátrio varonil mal cantado; sem falar que por final, tem roubado pior a cena do volumoso Datena”, que em gestos vis e incivis, e dando pena, perdeu a força do argumento, preferindo a grosseria de partir para as vias de fato, com cadeira e tudo, no cenário se armando, ressuscitando o seu orangotango interior; por King Kong enfurecido, a quem não vale qualquer arrazoado.

E neste mal aquinhoado, eu bem poderia parar por aqui, afinal a cadeirada desferida pelo Datena foi louvada e bem advinda até nesse meu esquadrinho onde vagueiam os meus parcos leitores…

Porque é bem comum a ira do vulgo quando lhes despertamos da ignorância onde hibernam, e das pocilgas onde se refestelam…

Daí os muitos gorilas escondidos e mal despertados como Datena, cujo ato foi louvado igual à facada sem êxito no Bolsonaro e até o balaço mal apontado na orelha de Trump.

E como tem sido infeliz o desfecho até agora, alguns já temem a eleição perdida e já querem aproveitar a cadeirada para eliminar o Marçal dos próximos embates.

Quanto a mim, sem fama ou auriflama, alguns me querem cercear, só porque os meus escritos, tolos escritos!, os incomodam também.

Querem cerceá-los, é verdade!

Mas toda quinta, essa gente vem me seguir como ursos sedentos ao  mel.

Teriam os meus “textos de quinta”, algum atrativo canabis, que os prende a tantos como hidromel, espécie de marijuana, enquanto droga de tanta dependência, para fruí-los toda semana?

Se é ou não, não me lancem cadeiradas!

Texto reprodduzido do site: infonet com br/blogs/odilonmachado

Nenhum comentário:

Postar um comentário