Opinião - Com discurso coerente, Alessandro Vieira sacode Brasília e sinaliza uma necessária reação contra a criminalidade
Daniel Rezende: “Alessandro já tem o seu nome marcado na história da política sergipana e brasileira”
Por Daniel Rezende
O discurso do senador sergipano Alessandro Vieira, MDB, na CPI do Crime Organizado deixou Brasília em polvorosa durante esta semana que passou. E não é para menos: numa só tacada, o senador expôs o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que é acusado de viajar em um jatinho pago pelo crime organizado, e cobrou duramente ao Governo Federal, representado na sessão pelo ministro da Defesa, Ricardo Lewandowski,medidas efetivas de combate a criminosos.
A coragem de Alessandro em peitar o crime organizado e um ministro do STF rapidamente viralizou nas redes sociais e ganhou as páginas da imprensa de todo o país. A impressão que essa viralização causou foi a de que os brasileiros receberam o discurso como uma mensagem de esperança de que há, sim, condições de um enfrentamento real aos crimes de colarinho branco e aos abusos do Judiciário em um momento de grave tensão institucional, com operações importantes em andamento e cuja fragilização da democracia brasileira se mostra cada vez mais real.
Quem acompanha o noticiário político de perto já conhece de outros carnavais o modo operante deste parlamentar sergipano e sabe que o respeito que ele conquistou não é em vão. Muito pelo contrário: é fruto da seriedade e da independência que o fazem transitar com tranquilidade nas iniciativas que ele acredita serem corretas, independentemente de espectros ideológicos.
Até por isso, não é raro encontrar críticas contumazes das torcidas partidárias que parecem não se satisfazer em ver um político agir de acordo com o interesse da população, e não de setores partidários e de políticos de estimação.
Dentre os vários enfrentamentos à corrupção do Judiciário ao longo desses sete anos de mandato, é preciso recordar da CPI que investigaria os crimes cometidos por magistrados. A famigerada CPI da Lava Toga só não vingou porque não contou com o apoio da Família Bolsonaro e – por tabela – da direita no Congresso.
À época fragilizado pelas denúncias de rachadinhas e de outros crimes, o senador Flávio Bolsonaro recuou da CPI em uma manobra que, para muitos, foi vista como um acordão entre os Bolsonaro e o STF para livrar o senador dos processos.
Essas duas citações fazem parte de um universo de lutas encampadas por Alessandro Vieira que ainda contêm a atuação brilhante na CPI da Covid-19, a implantação do ECA Digital, a relatoria do PL Anti-Facção, a relatoria que derrubou a intitulada PEC da Blindagem, entre outras que o levaram a uma merecida projeção nacional.
Por esses e outros elementos, não é exagero dizer que os 474.449 sergipanos que acreditaram no potencial do candidato Delegado Alessandro em 2018 acertaram na veia. Independentemente do que venha a se propor eleitoralmente nos próximos anos, Alessandro Vieira já tem o seu nome marcado na história da política sergipana e brasileira e certamente se manterá lembrado pela boa conduta na representação do povo brasileiro e sergipano.
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[*] É jornalista, especialista em estratégia e marketing político e editor do site Política de Fato.
Texto reproduzido do site: jlpolitica com br

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