Não é tarifa — é sanção: Trump reage aos ataques de Lula e do BRICS.
O gatilho para reação de Donald Trump é a aliança anti-americana chamada BRICS. Lula assumiu o papel de maior pregador de ações para minar a dominância do dólar. Leonardo Coutinho para a GAzeta do Povo:
Não se engane com a aparência. A carta enviada pelo presidente Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada nesta semana, não trata apenas de comércio exterior. Tampouco se resume a uma medida de proteção da indústria americana diante de desequilíbrios tarifários com o Brasil. É uma sanção.
Sanções, diferentemente de tarifas, são instrumentos de pressão política. São usadas para punir, coagir ou provocar mudanças de comportamento em regimes hostis, violadores de direitos ou ameaças à ordem internacional.
A carta de Trump não esconde esse caráter. Ao vincular a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e à atuação do Supremo Tribunal Federal, Trump politiza por completo a questão.
A relação comercial passa, então, a ser apenas o meio pelo qual o americano escolheu para exercer seu poder de pressão sobre o Brasil. Isso ultrapassa o campo da disputa econômica. É diplomacia coercitiva em estado puro.
Também é enganoso pensar que Trump sancionou o Brasil apenas por sua simpatia pelo ex-presidente do Brasil. Ele acusa o STF de censura, questiona a liberdade de expressão no Brasil e se queixa da extrapolação (vamos dizer assim) de jurisdição da Justiça brasileira que avançou sobre empresas e cidadãos americanos que sequer residem no Brasil, como no caso do colunista da Gazeta do Povo, Rodrigo Constantino.
Além disso, Trump está reagindo à escalada de medidas tomadas no Brasil contra plataformas de mídia social. Isso faz mais sentido, mas também não explica tudo.
Donald Trump guia as suas ações pela lógica da “América em primeiro lugar”. Ele está defendendo os interesses dos Estados Unidos contra uma escalada de ações antiamericanas que o tonto do presidente Lula resolveu peitar em nome da Rússia, China, Irã e os cacarecos bolivarianos da vizinhança. Vale lembrar que o clube dos vilões tem um dono, Xi Jinping, sócios e um estafeta, chamado Lula.
Tal como um bom servo, Lula resolveu mostrar serviço acreditando na promessa de ganhar relevância, como uma “reforminha" no Conselho de Segurança da ONU e com isso um poder, virtual diga-se, de dar as cartas no mundo.
Dias antes de anunciar as sanções, o americano já havia mandado um recado que não toparia as ameaças que vinham do Rio de Janeiro, onde o clube de autocracias se reuniu para bradar seus valores antiocidentais.
Lula tem desafiado os Estados Unidos de maneira constante e cada vez mais em nome de outros jogadores. Ao invés de fazer uma política “Brasil em primeiro lugar, Lula colocou sua ideologia – ancorada na Guerra Fria e os interesses de seus parças Xi, Putin e Khamenei – à frente dos interesses do Brasil.
Esqueça Bolsonaro e sua família. Trump se mexeu por causa dos interesses dos Estados Unidos. Em resumo é o “América em Primeiro Lugar” versus “BRICS em primeiro lugar”.
O caso do Bolsonaro entrou de carona - tenham certeza
Muita gente parou nos 50% de tarifa e se esqueceu que o presidente Trump mandou abrir uma investigação contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos é como uma ferramenta de choque: investiga, acusa e pune.
Ao ameaçar o Brasil com essa medida, Trump não está apenas reclamando de tarifas: ele está sinalizando que considera o Brasil um país hostil aos interesses dos Estados Unidos. Se a investigação for formalmente iniciada e resultar em mais sanções, o Brasil não terá capacidade de reação.
Quando Trump acionou a Seção 301 contra a China em 2018, por exemplo, o resultado foi uma guerra comercial bilionária. Tarifas retaliatórias foram impostas dos dois lados, empresas foram forçadas a reestruturar cadeias produtivas, e o comércio global sentiu o impacto.
A diferença é que o Brasil, ao contrário da China, não tem a escala nem o poder de barganha para resistir a esse tipo de medida. Uma sanção baseada na Seção 301 poderia provocar um efeito dominó, colocando em risco empregos, exportações e a confiança do mercado externo.
Tudo por um delírio Lulopetista e aposta em um mundo novo, sob o guarda-chuva da China.
Historicamente, sanções unilaterais têm efeitos mistos. Em casos como o Irã ou a Coreia do Norte, causaram danos econômicos, mas pouco alteraram o comportamento dos regimes. Em democracias, no entanto, a pressão surte efeito.
O México, em 2019 e agora, cedeu rapidamente à ameaça de tarifas feita por Trump, reforçando o controle migratório em sua fronteira sul para evitar a taxação de seus produtos. Foi uma vitória política para Trump, em ambos os governos, e um recuo estratégico do México.
Mas no caso do Brasil é diferente. Trump colocou Lula contra a parede. Embora sua base tente invocar o patriotismo como remédio, o que levou à crise foi justamente a falta de compromisso com o Brasil.
As sanções em curso e as que podem vir são uma resposta dos Estados Unidos aos ataques idealizados pela China, mas verbalizados pelo Brasil. Lula jogou o Brasil no meio a uma guerra que não era dos brasileiros por pura ideologia. A conta chegou e não será barata.
Texto e imagem reproduzidos do blog: otambosi blogspot com
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